Chico
Tulha presidente do Taubaté
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A série A-2 do Campeonato Paulista deste ano acabou de
forma trágica para o Taubaté. Como nos velhos tempos,
o time nadou, nadou e morreu na beira da praia. Terminou a competição
em quinto lugar com 30 pontos. Neste ano, somente os quatro primeiros
de cada grupo passaram à fase final.
O Burro da Central cometeu uma série de equívocos
durante o campeonato que influenciaram no resultado final. Um
exemplo foi o fato de a equipe ter trocado de técnico três
vezes. O primeiro foi Toninho Moura, que estava no comando desde
2003. Mas, uma seqüência de quatro jogos sem vitórias
fez com que Moura deixasse o time. Em seguida, veio Ivo Secchi
que também não teve um bom desempenho. Em 3 jogos,
conquistou só 4 pontos. O substituto foi um velho conhecido
da torcida, Mauro Mânica, que havia treinado a equipe em
2002. Em 3 partidas, Mânica venceu todas. Porém,
essas vitórias não foram suficientes para chegar
à classificação.
Outro problema enfrentado pelo Taubaté foi o desfalque
de jogadores por causa de contusões. Os atacantes Renato
Santiago e Jordan passaram um bom tempo no departamento médico.
O meia Denílson, contratado no meio da competição,
também ficou fora de algumas partidas. Vale lembrar que
no começo da temporada o atacante Gilsinho deixou o Taubaté
para jogar na China.
Com os maus resultados e a ausência de alguns atletas por
contusão, o clube acabou sendo obrigado a trazer peças
novas para completar o elenco. Mas, a inclusão de novos
jogadores ao longo do campeonato nem sempre é sinônimo
de vitórias. Na maioria das vezes, o que se vê é
a falta de entrosamento da equipe. E isso não foi diferente
com o Taubaté.
A Meca Sports, empresa que administra o futebol do clube, trouxe
o jovem atacante Joel, que não conseguiu se firmar no time
titular e também teve problemas de contusão. O principal
reforço do Burro foi o atacante Macedo, campeão
mundial pelo São Paulo. Macedo teve bom desempenho, mas
só marcou dois gols. Outra contratação para
o setor ofensivo foi o jogador Maranhão, que estava no
Paraná Clube. Porém, o atacante decepcionou a torcida
e apresentou um futebol muito fraco.
O atacante Renato Santiago, artilheiro da equipe na temporada
com oito gols, já foi dispensado. Santiago recebeu propostas
para disputar a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Explicação
O presidente da Meca, Antonio Eduardo de Oliveira, mais conhecido
como Toninho, foi procurado pela reportagem de CONTATO, mas não
quis comentar sobre o assunto. Oliveira informou que somente o
gerente de futebol do clube, Walmir Gritti, poderia dar declarações
sobre o clube.
O gerente de futebol do Taubaté disse que o desempenho
da equipe foi regular apesar de não ter alcançado
os objetivos traçados. “Tínhamos duas metas.
A classificação e, conseqüentemente, o acesso.
Infelizmente não foi possível.” Isso foi tudo
o que nossa reportagem conseguiu da Meca.
Opiniões
O presidente do Esporte Clube Taubaté, Francisco Tulha,
disse que a Meca poderia ter feito mais. “No momento em
que o Gilsinho foi negociado eles deveriam ter trazido mais um
ou dois jogadores.”
O incoformismo do presidente aumenta porque,“Quem conhece
futebol sabe que hoje o time pode estar bem, mas amanhã
a situação pode ser bem diferente” [e no nosso
caso] “o Taubaté perdeu para ele mesmo”, completou.
Tulha afirmou ainda que o Burro estava com uma equipe de qualidade.
“O time não poderia ter sido desclassificado na primeira
fase de forma alguma”, salientou. Na opinião do presidente
do clube, quando o atacante Macedo foi contratado “a vaca
já estava atolada. Empatamos com o Flamengo e com o Guará,
sendo que os dois apanharam de todo mundo no campeonato”,
concluiu o Chico Tulha.
Por outro lado, o ex-presidente do Taubaté Antonio Luis
Ravani disse que o Burro da Central esteve muito acomodado na
competição. “Como subiam quatro, o time pensou
que seria mais fácil”, afirmou. De acordo com Ravani,
o Taubaté perdeu pontos importantes dentro de casa. “Não
foi feita a lição de casa”, ressaltou. Na
avaliação do ex-presidente esse foi o principal
fator da desclassificação precoce do time.
A contratação de Ivo Secchi para o comando do Taubaté
foi um erro, segundo Ravani. “O próprio Toninho Moura
havia dito que a troca de técnico seria uma injeção
de ânimo para o elenco. Porém, deveriam ter trazido
o Mauro Mânica direto”, concluiu o ex-presidente.
O jornalista Bruno Lemes, da rádio comunitária Liberdade
FM de Taubaté, disse que o rendimento do Burro da Central
ficou muito abaixo do esperado. “Devido à campanha
realizada nos últimos anos e pelo fato de a Meca ter mantido
a base esperávamos, no mínimo, que o time tivesse
passado à segunda fase”, ressaltou.
Segundo Lemes, a equipe sofreu com a falta de um centro-avante
de peso. “Depois da saída do Gilsinho, o time ficou
sem referência no ataque”, comentou o jornalista,
que acompanhou o Burro durante todo o campeonato.
“Esperamos que a Meca consiga renovar o contrato com a Volks
para que o Taubaté possa ter um elenco de respeito”,
disse o jornalista.
Como se pode observar, Meca, a grande responsável, embora
fuja do assunto como o diabo da cruz, nega fazercomentário
a respeito de sua atuação. Porém, as opiniões
covergem e apontam o dedo da culpa em sua direção.
Antonio Luis Ravani ex-presidente do Taubaté
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