Uma riqueza se esconde sob as águas
do Litoral Norte do estado de São Paulo: a reserva de gás
natural do Campo do Mexilhão, também conhecida como
BS-400, localizada na Bacia de Santos que se estende até
o litoral fluminense. A Petrobrás, empresa estatal que
domina a exploração de petróleo no Brasil,
foi a vencedora do processo de concorrência internacional
promovida pelo governo federal. Participaram dessa licitação
empresas do porte da Shell, Texaco, entre outras.
O gás extraído por uma plataforma que está
sendo construída será bombeado para um uma unidade
de bombeamento e apoio logísitico que por sua vez deverá
bombear o gás até Taubaté onde ele, gás,
será lançado no sistema nacional de transporte de
gás. Apesar da explicação extremamente simplificada,
muitos recursos serão investidos nessas atividades com
resultados ainda inimagináveis pelo poder público
das cidades envolvidas.
A localização da plataforma, por exemplo, está
sendo disputada pelos municípios de Ubatuba Caraguatatuba
e São Sebastião porque, a cidade eleita receberá
investimentos volumosos para a construção da unidade
de bombeamento e apoio logístico. Para se ter uma idéia,
estimativas preliminares apontam para o repasse de royalties –
uma forma de pagamento a ser feito à cidade onde a plataforma
e a unidade estiverem locaizadas– que pode chegar à
cifra de R$ 150 milhões anuais.
A única decisão que existe é a construção
de um city gate em Taubaté. City gate é a instalação
destinada a receber o gás de uma unidade principal (Ubatuba,
por exemplo, que recebeira o gás vindo do oceano) para
lançá-lo na rede nacional espalhada por grande parte
do território nacional. Hoje, a maior parte do gás
consumido pela indústria e pela frota veícular provém
da Bolívia. A crise política vivida por nosso vizinho
chegou a ameaçar o fornecimento desse combustível
não poluente.
Das três cidades litorâneas, Ubatuba saiu na frente.
De acordo com a Petrobrás, o único município
que apresentou dados (vídeo, fotografias e mapas) foi Ubatuba.
Para o presidente da Câmara Municipal desta cidade, Jairo
dos Santos (PT), isso é reflexo do interesse que a cidade
tem na instalação da plataforma no litoral de Ubatuba.
“A infra-estrutura de Ubatuba está adaptada para
receber investimentos da Petrobrás”. Já o
secretário de Habitação, Arquitetura e Urbanismo,
Ari Jardim de Azevedo, é mais cauteloso. “A instalação
vai depender da vistoria da Petrobrás que irá verificar
as condições técnicas que a cidade oferece”,
salientou. A vistoria, segundo o secretário, deve ocorrer
nos próximos dias.
Vereador Jeferson Campos (PT) na frente dessa
disputa |
Reunião
No último dia 13, realizou-se uma reunião entre
políticos de Ubatuba, Taubaté e a da Petrobrás,
representada pelo sr. Guilherme Estrella, diretor de Extração
e Produção, na sede da estatal, na capital fluminense.
Tanto o presidente da Câmara de Ubatuba quanto o secretário
de Habitação, Arquitetura e Urbanismo são
unânimes em afirmar o êxito do encontro. “Apresentamos
um projeto detalhado das condições que nossa cidade
oferece a essa instalação como, por exemplo, porto
e aeroporto”, ressaltou o petista Jairo dos Santos.
Guilherme Estrella, diretor de Extração
e Produção |
Outra
vantagem, segundo o edil, é a SP-125, rodovia Oswaldo Cruz
que liga Ubatuba a Taubaté. A Petrobrás decidiu
instalar um city-gate em Taubaté. “A estatal visa,
em seu planejamento estratégico, a instalação
de uma base na nossa região”, acrescentou o vereador
Jéferson Campos (PT), representado na reunião por
seu chefe de Gabinete Paulo Roberto Coelho.
No próximo dia 20, o parlamentar vai se reunir com o prefeito
Roberto Peixoto (PSDB) para discutir a implementação
da City-Gate da Petrobras. “Na ocasião, iremos solicitar
que o Executivo encaminhe uma carta de interesse à instalação
da sub-estação”, salientou Campos.
Petrobras
“O GNV é econômico e menos poluente e tem
conquistado motoristas em vários estados brasileiros,
onde já existem cerca de 500 postos que comercializam
o combustível, dos quais 170 têm a bandeira da
Petrobras Distribuidora. Em relação ao item
economia, a redução de custo por quilômetro
gira em torno dos 60%.”. Além de veicular os
próximos passos a respeito da exploração
do gás natural. “A Companhia vai incentivar a
oferta de gás em áreas do Brasil ainda não
atendidas ou onde o potencial de consumo não foi plenamente
alcançado. Num horizonte mais longo, continuará
buscando novas utilizações para esse combustível,
além de incentivar, ainda mais, o mercado de gás
veicular, especialmente no transporte coletivo”.
Maiores informações sobre a Petrobras no site
www.petrobras.com.br |
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