Qualquer
semelhança não será mera coincidência |
Na terça-feira, 14, deputado Jefferson
subiu à tribuna do Conselho de Ética Câmara
Federal para se defender dos que acusavam de quebra de decoro parlamentar.
Logo no início de sua defesa, o deputado apresentou seus
dois advogados. Um deles, é o gaúcho Francisco Correa
Barbosa.
Imediatamente, entramos em contato com nossos colaboradores gaúchos
que editam o jornal virtual VideVersus (www.videversus.com.br),
leitura obrigatória para quem acompanha a política
daquela região.
O jornalista Vitor Vieira, editor e diretor do site, conta que na
sexta-feira, 10, à noite, o advogado gaúcho Luiz Francisco
Correa Barbosa recebeu um telefonema em sua residência em
Sapucaia do Sul, originado em Brasília. Era o deputado federal
Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB, que ligava para
convidar Barbosa para ser seu advogado.
O gaúcho Barbosa diz que apenas fez duas perguntas a Roberto
Jefferson, antes de aceitar o caso: 1) você tem as provas?;
2) está disposto a divulgá-las? Diante das respostas,
aceitou o caso.
Velho guerreiro
Ex-juiz de direito, Luiz Francisco Correa Barbosa se notabilizou,
no início da década de 80, quando era juiz em Sapucaia
do Sul, onde mora e já foi prefeito. Na época, ele
atuou como se fosse juiz federal no julgamento da quadrilha de Juca
Galeano, então o maior traficante de drogas do País.
Tão logo a quadrilha foi presa, Barbosa abriu uma conta no
Banco Brasil, para depositar todos os valores apreendidos (moedas,
ouro, etc...).
Não demorou para passar a receber visitas de desembargadores
que compunham a alta direção do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul, com proposta para que transferisse
os bens da quadrilha para a conta que a AJURIS (Associação
dos Juízes do Rio Grande do Sul) mantinha na Caixa Econômica
Estadual. Nessa conta eram depositadas todos os recursos oriundos
de ações judiciais, formando um grande bolo (fundo).
Por conta desse fundo, os juízes gaúchos tinham direito
a tirar empréstimos na Caixa Econômica Estadual em
condições altamente privilegiadas, a custo quase zero.
Havia um livro, na sede da Ajuris, para os juízes se candidatarem
ao empréstimo. Quase todos, na época, beneficiaram-se
desse privilégio. Barbosa se negou a transferir os recursos
da quadrilha de Juca Galeano para a conta da Ajuris, na Caixa Econômica
Estadual. Então, recebeu uma promoção, de juiz
de terceira entrância para juiz de quarta e última
entrância, na época, devendo se deslocar para a nova
comarca, Pelotas.
Barbosinha, como é conhecido, usando de suas prerrogativas
constitucionais de juiz, recusou a promoção e a mudança
de cidade. Diante disso, a decisão do Tribunal de Justiça
foi a de determinar a abertura de uma correição na
sua comarca. Por último, o Tribunal de Justiça determinou
a prisão do juiz Luiz Francisco Correa Barbosa. Enviado o
chefe de Polícia para prendê-lo, acabou o mesmo preso
no Forum de Sapucaia do Sul por Barbosa. Depois disso, o Tribunal
de Justiça colocou o juiz Barbosinha em disponibilidade,
e tentou condená-lo, durante muito tempo. Mas os juízes
gaúchos precisaram acabar com a mamata dos empréstimos
privilegiadíssimos na Caixa Econômica Estadual.
Esse é homem de exemplar formação republicana
que agora assume a defesa do deputado federal Roberto Jefferson.
Portanto, muita água deverá rolar sob o lago de Paranoá.
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