Por Paulo de Tarso Venceslau
Entrevista
Flávio Meireles Ribeiro
Flávio “Pistola” é
o apelido desse taubateano de 66 anos, casado há 43 anos
com dona Benina, 5 filhos - Flávio, Sérgio, Celso,
Renato e Alice - e 5 netos - Lucas, Juliana, Thiago, Flavia e Vitória.
Formado pela 1ª turma de Ciências Contábeis Atuariais
da atual UNITAU, com especialização em Administração
Financeira e marca-passo a tira-colo, “Pistola” foi
eleito tesoureiro do TCC e assumiu um dos maiores desafios de sua
vida: colocar em ordem as finanças do Taubaté Country
Club, o clube mais tradicional de Taubaté.
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Flávio
"Pistola" Ribeiro |
CONTATO:
Flávio, você poderia estar gozando sua aposentadoria
mas aceitou o desafio de por as finanças do TCC em ordem.
É sua 1ª experiência no clube?
Flávio: Não. Por quase 10 anos fui do Conselho Fiscal,
juntamente com José Cândido Toledo e Fernando Moreira,
e atuei como Tesoureiro na última gestão do Carlos
Eduardo Barbosa Lima, em 1992, se não me engano.
CONTATO:
E agora, como é trabalhar com o Miglioli?
Flávio:Não é difícil, basta compreendê-lo.
Apesar de tempestivo, ele sabe ouvir e muda de opinião quando
é convencido. Pela sua natureza profissional (Delegado de
Policia) ele realmente passa por cima como um trator. Mas depois
que ouve nossas ponderações ele se acalma e aceita
opiniões. Temos a felicidade de termos Fausto Garcez como
vice, uma pessoa extremamente calma e ponderada, que sempre opina
para uma melhor harmonia. Os demais componentes da chapa são
ótimos companheiros, que somente visam o melhor para o TCC.
CONTATO:
Como foi essa história do José Carlos Mascarenhas,
2º Tesoureiro, que jogou a toalha, logo nos primeiros dias?
Flávio: Foi muito triste, porque eu me empenhei pessoalmente
para trazê-lo para o grupo. O Mascarenhas é um profissional
que atua na assessoria da Embraer e não poderia dispor de
muito tempo para o TCC. No dia 23 de junho ele apresentou um planejamento
estratégico para essa e as futuras gestões do clube.
Infelizmente, ainda não temos gás para levar adiante.
Diante disso, ele optou pelo afastamento. Sua moderna visão
empresarial o coloca a frente de nossa realidade. Mesmo assim, ele
deixou vários projetos e comprometeu-se a desenvolver gratuitamente
um estudo de plano de carreira. Eu serei eternamente grato a esse
amigo, pois várias pessoas já haviam convidado e ele
não aceitou, mas fez uma deferência simpática
ao meu pedido. Ele se afastou sem mágoas e poderemos sempre
contar com ele.
CONTATO:
Como vocês encontraram o Departamento Financeiro?
Flávio: Assumimos com um saldo de R$ 52.00,000, mas com duas
pendências com o Conselho Deliberativo: R$ 54.900,00 de abril
que deveria ter sido pago em maio e R$44.950 de maio para acerto
em junho. Além disso, nos primeiros dias de junho, tínhamos
que pagar os encargos, folha de pagamento e alguns fornecedores.
A nossa única receita é a mensalidade dos associados
que entra somente no dia 10. Por isso buscamos socorro junto ao
Conselho e emprestamos de R$ 132.000,00 de sua conta especial de
fundos, para suprir o inicio do mês.
CONTATO:
As despesas estão superando as receitas?
Flávio: Sim. Em 2004, encontramos um déficit operacional
de R$ 29,500,00. No primeiro quadrimestre de 2005, o deficit saltou
para R$ 43.200,00. Foi por isso que a antiga gestão solicitou
ajuda ao Conselho que repassava recursos que eles usavam para cobrir
o buraco, fazendo a transferência sempre 45 dias depois.
CONTATO:
E como é que o Flávio “Palocci” vai resolver
?
Flávio: Todos associados sabem que desde janeiro de 2004,
apesar da orientação da De Biasi Consultoria, não
há correção da mensalidade. Além desse
problema financeio, temos de recuperar e fazer a manutenção
do prédio e dos equipamentos, e fazer um fundo para cobrir
as folhas de pagamento e do 13º salário em novembro
e dezembro. Fizemos um estudo e chegamos ao índice de 15,3%
de reajuste das mensalidades. Passariam para R$ 120,00 para o quotista
família e R$ 78,00 para o quotista individual. Porém,
para 10 de julho os carnes já estavam emitidos com R$ 111,00
e R$ 75,00. Por isso, a partir de agosto até dezembro serão
cobrados os valores de R$ 122,00 e R$ 79,00.
CONTATO:
Tenho ouvido muita chiadeira por causa de demissões ocorridas,
principalmente a do Gustavo Mara. Fala-se em revanchismo. É
verdade?
Flávio: Absolutamente não. Miglioli nunca pediu dispensa
de ninguém, nem mesmo daqueles que tomaram partido da outra
chapa, pois na democracia isto é válido. Mas o que
não pode haver é comentário maldoso ou falta
de respeito para com os vencedores.
Entre algumas demissões, principalmente na faxina de manutenção,
apenas duas foram de caráter administrativo e estão
sendo contestadas. Posso afirma que essas demissões foram
puramente de ordem administrativa visando sempre a boa funcionalidade
do clube.
CONTATO:Como
vai ficar a academia no tocante as aulas?
Flávio: Estamos providenciando a substituição
do professor demitido por profissionais de igual competência
ao que saiu. Não haverá prejuízo para os alunos.
Iremos olhar com muito carinho para academia que, juntamente com
o restaurante, são os pontos de referência do TCC.
CONTATO:
Por falar em restaurante, ele é mesmo deficitário?
Flávio: Realmente, a estrutura de um restaurante de clube
é mais cara que um restaurante comum. A solução
será aumentar a receita disponibilizando mais serviços
aos sócios. Nesse sentido, estamos tomando uma série
de providências e realizando promoções com a
finalidade de trazer mais clientes para o bar. Por exemplo: chopp
a R$ 1,00 às quintas feiras em todo o período e nos
sábados das 12h às 17h, vários pratos individuais
com preço médio de R$ 7,00 e também várias
porções e bebidas no preço promocional.
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