Taubaté
descobre a ginástica rítmica
Ginástica
rítmica é um esporte olímpico badaladíssimo
em todo o mundo. O projeto de sua implantação
em Taubaté está a todo vapor. Mas, ainda,
falta apoio de empresas do setor privado.
Grupo de ginástica rítmica
de Taubaté
A
GR (Ginástica Rítmica) é um esporte
exclusivamente feminino e pouco praticado no Brasil. Em
Taubaté, a modalidade começou a ser implantada
no mês de março deste ano por meio de um projeto
social desenvolvido pela professora Renata Enrietti, que
possui mais de 20 anos de experiência. Seu principal
objetivo é o crescimento da modalidade no município.
Atualmente, a professora trabalha com um grupo de 50 meninas,
com idades entre 6 e 14 anos.
O alto nível de exigência da ação
coordenada das atletas é uma das principais características
da GR. A simetria e bilateralidade são de extrema
importância para seu êxito somadas ao aspecto
artístico, que engloba o desempenho físico
e técnico.
A procura pela GR está superando sua expectativa
inicial. “Com pouco mais de três meses de trabalho,
não acreditávamos que teríamos um grupo
desse tamanho. [Hoje,] nossa estimativa é chegar
ao final do ano com cerca de 70 meninas”, disse Enrietti.
No entanto, a professora avalia que a grande procura pelo
esporte se deve pelo fato de que “a GR ainda é
novidade na cidade”.
A respeito da qualidade das ginastas, Enrietti comenta que
só ao longo do segundo semestre será possível
analisar o desempenho e a determinação de
cada atleta. “Ainda é muito cedo para falar
em destaque individual. Mas, posso garantir que desse grupo
sairão garotas com grande potencial”, salientou.
O treinamento das jovens atletas é feito duas vezes
por semana, durante duas horas, na quadra da CTI. As meninas
se apresentam com cinco aparelhos diferentes: fita, corda,
maça, bola e arco.
A intenção, segundo a professora, é
intensificar os treinos, de forma gradativa, para que as
meninas alcancem um alto nível e tenham a possibilidade
de disputar torneios e campeonatos. “O projeto ainda
é muito recente por isso elas não vão
disputar os Jogos Regionais, que começam no próximo
mês. Em 2006, elas entrarão na competição
mesmo que seja apenas para ganhar experiência”,
explicou.
Dificuldade
Enrietti disse que o maior problema enfrentado é
a falta de patrocínio. “O projeto é
totalmente social, não cobramos nada das atletas.
Todos os recursos serão destinados à compra
de equipamentos e uniformes.”
Incentivo
Os bons resultados obtidos pela seleção brasileira
de GR nos últimos anos têm contribuído
para o crescimento do esporte. Nos Jogos Pan-americanos
de Winnipeg, Canadá, em 1999, as meninas conquistaram
a medalha de ouro. Em 2000, nas Olimpíadas de Sidney,
Austrália, e em 2004, em Atenas, Grécia, elas
ficaram em oitavo lugar. |