Dalton Moreira,
jornalista
daltonjc@bol.com.br
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Recentemente,
o jornal “Estadão” fez um editorial baseado em
dados fornecidos pela Central Única dos Trabalhadores (CUT)
tendo como fonte 28 entidades sindicais (incluindo-se o Sindicato
dos Metalúrgicos de Taubaté) de que os trabalhadores
obtiveram um aumento real em seus salários e conseqüentemente
estão com maior poder de consumo. O que é bom –
segundo o editorialista – para o giro de capital. Bem. Nem
tanto. Explico.
Já faz algum tempo que a FEM (Federação Estadual
dos Metalúrgicos)-CUT está tentando negociar com o
empresariado na sede da Fiesp um aumento real para os metalúrgicos
que trabalham em empresas do chamado Grupo-9 (eletroeletrônicos,
bens de capital) mas não conseguiram sucesso devido as intransigências
do empresariado.
Há poucos dias, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos
de Taubaté, Valmir Marques da Silva, o Biro Biro, promoveu
duas paralisações relâmpagos em duas empresas
do G-9: Usiminas e LG. Os trabalhadores ouviram atentamente o quadro
exposto pelo sindicalista e concordaram que, caso os patrões
continuem não querendo retornar a mesa de negociações,
a greve deve ser geral, em breve. “Negociamos com todas as
outras empresas e conseguimos garantir aos companheiros trabalhadores
um aumento real. Somente nesse setor estamos enfrentando problemas.
Acredito que o bom senso prevaleça e vamos conseguir renegociar
as nossas propostas”, completou.
Biro Biro está aguardando um retorno da classe empresarial
que, por enquanto, ainda se mantém impassível. Por
enquanto os milhares dos trabalhadores do G-9 ainda continuam sem
reajuste nos salários. Vamos aguardar para ver o resultado.
Pois se o poder aquisitivo aumenta, o comércio também
obtém acréscimo em seus dividendos. |
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