Com a liberação das tão sonhadas verbas
que o Governo Alckmin havia prometido ao Hospital Universitário
(HU) de Taubaté, é interessante refletir sobre
o que se fazer com o H U no novo quadro que a Saúde
de Taubaté apresenta. O Hospital Regional (HR), com
sua atual configuração, veio para ficar. Isto
é um fato. A redivisão das clínicas deixou,
claramente, os procedimentos de maior retorno para o HR que
é de responsabilidade estadual. Isto já era
esperado.
O foco da questão é: HU dificilmente levantará
capital de giro para investimentos somente com a verba SUS.
Duas alternativas estão colocadas: continuar batendo
no Governo clamando por verbas de custeio que não virão,
ou seguir o exemplo do Regional, isto é, investir no
particular. A idéia é válida e certamente
é o que se passa na cabeça da FUST. Acontece,
porém, que as seguidas crises, amplamente divulgadas,
prejudicaram muito a credibilidade do HU, inclusive como fornecedor
de serviços.
Esta situação, entretanto, poderá ser
revertida a partir do momento em que a UNITAU investir na
imagem do seu Hospital (que está renascendo das cinzas)
em termos de marketing. Desse modo, o serviço particular
poderá ser otimizado e, conseqüentemente, o capital
de giro aumentado fazendo com que, ao menos, a negociação
de dividas com fornecedores e investimentos ainda que tímidos
sejam feitos. Um exemplo do nascimento de uma nova mentalidade
menos beata e mais profissional está na contratação
de uma assessoria de imprensa para que o Hospital possa divulgar
os seus serviços.
Do ponto de vista prático, temos um exemplo já
em funcionamento. O Novo Serviço de Endoscopia do HU,
que acabou de ser inaugurado, trata com a mesma excelência
tanto pacientes SUS quanto particulares. Além disso,
por se localizar em um HU, conta com professores gabaritados
na área promovendo, inclusive, um grupo de pesquisa
que já começa com intercâmbio junto ao
Hospital Sírio Libanês. Só isso já
possibilita manter o serviço sempre atualizado com
referencia no que há de melhor em São Paulo.
Experiência como esta tem de ser seguida porque num
contexto novo de Saúde poderá ser o começo
da solução de uma crise que dura décadas.
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