Por
Paulo de Tarso Venceslau
Cavalo
arreado na porta do Bom Conselho
A
campanha nacional pela aprovação da Lei Geral das
Micro e Pequenas Empresas pelo Congresso Nacional é uma grande
oportunidade para o prefeito Roberto Peixoto pegar as rédeas,
assumir o comando local e fazer Política com os olhos no
futuro.
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Roberto
Peixoto é uma das pessoas mais queridas em Taubaté.
Trata-se de figura afável com quem rápida e facilmente
se estabelece empatia que pode conduzir a longos e infindáveis
papos que vão desde política até futebol, passando
por festas populares e movimentos assistênciais. Essa é
figura humana de Roberto Peixoto que carrego na minha cabeça
e no meu coração.
Como prefeito de Taubaté, porém, é uma instituição
e como tal tem de ser tratado e respeitado. Respeito, porém,
não significa subserviência traduzida, popularmente,
na epidemia de puxa-saquismo que toma conta dos indigentes de espírito.
Vamos ao que interessa. A ausência de representantes da prefeitura
de Taubaté no evento realizado em São José
dos Campos, na sexta-feira, 30, é inexplicável e indesculpável.
Felizmente, Peixoto tem um vice com o estofo de Alexandre Danelli.
Bastou um telefonema para que Danelli informasse as razões
que impediram que ele e Paolicchi marcassem presença na mobilização
pela aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.
(ver reportagem na pág 3).
Danelli conta de seu almoço com o presidente da FIESP e confirma
que esforços têm sido feitos para realizar um mega-empreendimento
que ficará em segredo por mais 10 dias pelo menos. Mas o
vice-prefeito reconhece com a humildade dos nobres e ricos de espírito
que nossa prefeitura ainda não assumiu pra valer a defesa
pelas micros e pequenas empresas.
Trata-se de uma luta nacional que depende do esforço de formiguinha
de cada cidade, de cada autoridade, de cada empreendedor, de cada
cidadão para se conseguir mudar a cara desse país.
Os números são impressionantes. A informalidade –
negócios realizados à revelia da legislação
que não trazem qualquer benefício público –
já é o dobro dos negócios formais que pagam
impostos e empregos com carteira assinada.
Segundo o Sebrae, esse segmento representa nada menos que 99% do
total de empreendimentos do país, 60% dos empregos existentes
e contribui com 20% PIB. Além disso, os pequenos negócios
são responsáveis por 95% dos novos empregos líquidos
gerados a cada ano. E de acordo com o governador Geraldo Alckmin,
no estado de São Paulo, existem pelo menos 1,3 milhão
de micro e pequenas empresas nas mãos de nada menos que 2,5
milhões de empreendedores.
Mobilizar a sociedade civil para que pressione o Congresso Nacional
e todos os Palácios do Planalto Central é uma tarefa
política que precisa ser abraçada por todos os políticos
sérios desse País. Essa proposta poderá adquirir
uma dimensão incalculável se os prefeitos entrarem
em campo e tomarem a iniciativa de divulgar o conteúdo básico
da Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas.
O prefeito Roberto Peixoto pode e deve tomar as rédeas desse
processo e assumir o comando local dessa mobilização
nacional. Se o fizer, será um enorme salto de qualidade para
sua administração. Taubaté precisa de lideranças
que, sem abandonar a manutenção diária e necessária
da cidade, apontem caminhos para um horizonte mais ambicioso e necessário
para o futuro das novas gerações.
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