A internet vem revolucionando o planeta. Os internautas interessados
em movimento estudantil de verdade, ultimamente, têm
podido debater idéias, informar-se sobre assuntos que
antes eram de difícil acesso e participar de listas
específicas. Um exemplo interessante foram os grupos
de discussão de Orkut criados antes do Referendo do
Desarmamento. Discursos inflamados tomaram contas de chats
e páginas de juventudes partidárias e movimentos
civilistas. No Orkut da Juventude Nacional do PRONA (meu nome
é Enéas!!), por exemplo, com quase 800 participantes,
integrantes das páginas da UJS (juventude ligada ao
PCdoB), do MR8 (PMDB), jovens pacifistas, adoradores militares
e tantas outras formas de listas existentes, debateram abertamente
o tema do desarmamento. Foi interessante como o movimento
estudantil abordou o Referendo. Se o papel aceita tudo, a
net não só aceita como espalha.
A internet não é comandada por regimentos nem
por normas canônicas. Seu espaço virtual difunde
idéias e servirá inevitavelmente como base das
revoluções do futuro assim como a imprensa serviu
um dia. Haja visto como os hackers iugoslavos conseguiam interferir
nos sistemas de de misseis da OTAN, mudando seus trajetos.
Em Taubaté, um exemplo foi o movimento organizado pelo
Bob da psicologia em 2004. Uma série de e-mails bem
colocados na época levantou questões até
então pouco debatidas como eleições diretas
para o DCE, vagas dos conselheiros estudantis nos orgãos
colegiados e outras questões também relevantes.
Se em 79 Grandola Villa Morena tocada via rádio avisou
aos capitães de abril que a Revolução
dos Cravos, de Portugal, começava, hoje um simples
"enter" pode ter efeitos muito maiores.
Despedida
A
Medicina perde porque se formaram dois dos maiores articuladores
estudantis da história recente do movimento estudantil
taubateano. Camilo Lima Vuolo foi vice-presidente do DCE,
Diretor de Bio, do DCE, Conselheiro do CONSEP, CONDEP e da
FUST, tesoureiro, presidente e diretor de Internato do D.A.
Medicina, e Felipe Roitberg, dirigente do D.A., foram peças-chave
nas recentes articulações que resultaram na
liberação de mais de R$ 2 mi para o HU e 750
mil em 2004. Foram eles que conseguiram a audiência
com o governador em São Paulo que resultou na melhora
das relações entre governo e HU. Estes diretores
foram parte da política promovida pelo diretório
em defesa do pragmatismo do movimento Estudantil onde realizações
concretas e imediatas deveriam tomar o lugar de especulações
e debates ideológicos distantes da vida dos estudantes.
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