Após nove partidas, seis derrotas, um empate
e duas vitórias, ocupando a penúltima
colocação no grupo 2 da série A-2,
a diretoria do Taubaté resolveu trazer o experiente
treinador Walter Zaparolli que possui duas passagens
anteriores pelo Burrão - a primeira foi e, 1998
quando o clube quase ascendeu à Primeira Divisão
do futebol e a segunda foi quando quase caiu para Quarta
Divisão, em 96. Esse é o perfil de Zaparolli,
um técnico que trás no currículo
muitos acessos, alguns tropeços e, acima de tudo,
muita disciplina.
CONTATO
- Quando iniciou na carreira de treinador?
Zaparolli - Em Marília, em 1982, nas
categorias menores. Em 83 ajudei o Mac a fugir do rebaixamento
e quem acabou caindo foi o São José. Depois
rodei por vários clubes do interior de São
Paulo e pelo futebol paranaense. Subi com o Novorizontino,
em 85, e com o Velo Clube. Com o São Caetano
em 92 e subi também com o Paraná em 2002.
Estive em duas oportunidades no Taubaté. Em 88,
não subimos por muito pouco. Em 1996 também
passei por aqui, a equipe brigava para não cair
e acabou não caindo, mas fiquei pouco tempo.
CONTATO
- Agora você volta com a missão de salvar
o Taubaté do rebaixamento...
Zaparolli - Essa situação é
incomoda. Não se justifica buscar culpados nesse
momento. Traçamos objetivos e dividimos o planejamento.
Nas próximas duas semanas temos dois jogos para
sair da 9ª para a 8ª posição.
CONTATO
- Como está psicologicamente o elenco?
Zaparolli - Estão abatidos. Não
encontram razão para as derrotas dessa fase.
Fizemos uma sondagem rápida da situação
e acho que precisa voltar a alegria, o prazer de jogar
futebol porque se não mudar o quadro emocional,
dificilmente vamos sair desse quadro. Temos 15 dias,
dois jogos, duas decisões para reverter isso.
CONTATO
- Que avaliação você faz da equipe?
Zaparolli - Temos muitas carências. Um
time que toma 21 gols e faz 15 no campeonato, mostra
que não tem defesa. Temos que acertar problemas
de posicionamento e precisamos de um bom zagueiro de
área.
CONTATO
– Você tem fama de técnico linha
dura. Concorda?
Zaparolli - Não sei se sou disciplinador.
Fui policial militar, sou de uma família italiana,
criado em colônia, na época do café,
até meus 15 anos e lá não tinha
“bala russa para cercar quintal”, sabíamos
qual era nosso limite. Aprendi isso e sempre tive uma
conduta reta e sou responsável naquilo que faço.
Tudo que você faz com transparência funciona.
A responsabilidade é minha, o tempo é
curto e quero um time consciente. Não quero ver
um time que marca gols e não vibra.
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