Ao
Jornal Contato
O jornalista Paulo de Tarso, responsável
peça publicação do Jornal Contato, reclama
junto a este vereador de declaração dada na última
sessão [28/03] da Câmara, questionando a credibilidade
de matérias assinadas pelo mesmo.
Explico. Em edições anteriores (2005) o mesmo achincalhou
de forma veemente, em três edições, o vereador
Carlos Peixoto, chamando-o de nada, de trapalhão e comparação
aos Três Patetas. Depois acusou, por três edições
seguidas, o grupo Anhanguera Educacional de vender “gato por
lebre” etc., colocando em cheque todo o trabalho realizado
em 12 cidades, que fui visitar junto com mais vereadores para conhecer
de perto seus cursos que contabilizam quase 20 mil alunos, há
mais de 18 anos (sic!), e que já iniciaram em Taubaté
atendendo a um nicho de mercado, que não podem pagar mensalidades
cobradas pela Unitau, gerando com isso uma concorrência saudável
onde nossos estudantes só têm a ganhar (melhora da
qualidade de ensino, melhores preços etc.)
Por último, compara o chefe de gabinete Fernando Gigli com
Paulo Okamoto (este paga as contas pessoais do presidente Lula).
Diz que Fernando Gigli pagou contas da Prefeitura de Taubaté,
por meio da ACIT, com dinheiro público.
Não tenho dúvidas da obrigação da Câmara
Municipal no sentindo (sic!) de fiscalização dos atos
do Executivo, bem como de seus pares, porém qualquer acusação
vinda de um jornal para se ter credibilidade precisa no mínimo
de ter ressonância em outros órgãos de imprensa.
Nenhuma das matérias que citei acima foi divulgada em qualquer
veículo de comunicação, ou seja, jornais locais
e regionais, emissoras de tv e de rádio.
Não posso ser acusado de ter sido mordido pela mosca azul,
pois há duas semanas conversei pessoalmente com o jornalista
Marlon sobre o assunto, mantendo com isso uma relação
de comunicação informal sobre as matérias.
Não costumo apunhalar ninguém pelas costas, cordialidade,
sinceridade e bom relacionamento fazem parte do meu jeito de ser.
Num determinado momento da conversa, o jornalista me questiona sobre
quem tem mais credibilidade, se ele ou o presidente da Câmara
Municipal. Equivoca-se o articulista, pois o meu posicionamento
é com a relação às matérias por
ele assinadas e não da pessoa, a qual respeito - e muito.
Quanto à minha credibilidade, cabe à população
e aos meus pares julgarem, e assim tem sido feito. Pois já
fui eleito vereador duas vezes e presidente da Câmara atualmente,
o que no mínimo me dá legitimidade.
Questionado por alguns vereadores na última sessão,
dia 28, para a convocação do chefe de Gabinete da
Prefeitura, não o fiz por entender que a matéria precisa
ser melhor analisada, uma vez que a linha editorial seguida pelo
Jornal Contato não me embasa para tal atitude.
A imprensa colabora com investigações quando o faz
no sentido de informar. Porém, acusações desabonadoras
e intrigantes em nada colaboram. Pelo contrário, quando de
fato falarem a verdade, não terá seu crédito
devido.
Ver.
Henrique Nunes
30.3.2006
Resposta
de Paulo de Tarso, diretor do Jornal Contato
Prezado
Henrique Nunes, presidente da Câmara
Creio
que o vereador está profundamente equivocado. Vejamos:
1)
Sobre o vereador Carlos Peixoto. O jornal informou que o então
líder do governo anunciava através de outdoors que
daria início a um programa de rádio patrocinado pelo
Banco Votorantim e pela Exprinter Financeira. Diante da repercussão,
os “patrocinadores” informaram por escrito, e CONTATO
reproduziu, que não eram e nunca foram patrocinadores e nunca
autorizaram o uso de suas marcas. Em seguida, o vereador propôs
acabar com o chafariz do Largo do Chafariz, iniciativa que divulgou,
entre muitos, o seguinte comentário de Renato Teixeira, provavelmente
o ex-morador mais ilustre do bairro: “Manda ele [vereador]
bundar.”
2)
Sobre a Anhanguera, CONTATO publicou na edição 258
todas as principais propostas do grupo Anhanguera Educacional para
a Faculdade Comunitária de Taubaté apresentadas sob
o título “Uma nova opção para os universitários”.
Na mesma ocasião, publicamos o contraponto “Gato ou
lebre?”, a respeito dos riscos que existem para os futuros
alunos. E citamos, entre outras coisas, a condenação
sofrida pela Anhanguera, em 30 de novembro de 2005, obrigando-a
a “restituir eventuais perdas e danos aos inscritos....”
na cidade de Limeira. Na mesma edição, publicamos
a opinião da Anhanguera, na coluna “Outro lado”.
Na edição 259, informamos a respeito da polêmica
jurídica sobre o tema, com base em depoimentos gravados.
Na edição 260, alertamos sobre os riscos decorrentes
de um processo que se encontra na gaveta do ministro da Educação
e que se for homologado a Anhanguera terá de fechar a Faculdade
Comunitária de Taubaté. Nessa mesma edição
alertamos sobre os riscos de esse ser controlado por grupos estrangeiros,
o que é proibido por lei. Finalmente, reproduzimos parcialmente
matéria publicada pelo jornal O Globo sob o título
“Franquia Universitária: nova fraude no ensino”,
na edição de 7 de maio de 2000. Finalmente, se o vereador
Henrique Nunes tivesse lido nossas reportagens saberia que a Anhanguera
foi criada em 1994. Portanto, ela existe há 12 anos e não
“há mais de 18 anos”, como afirma.
3)
Sobre a reportagem “Fernando Gigli, o Paulo Okamoto de Taubaté”,
a posição do vereador é suficientemente elucidativa.
E nenhum momento Henrique Nunes se interessou sequer em passar os
olhos sobre as provas materiais em nosso poder.
Em
todas as nossas reportagens citamos fontes, datas e depoimentos.
Infelizmente, o vereador Henrique Nunes opta por versões
fornecidas pela Anhanguera em viagens a 12 cidades feitas a convite
do grupo para conhecer suas unidades. Nunes informa que viajou em
companhia de seu assessor Afonso, do vereador Carlos Peixoto e de
José Rodrigues, assessor do vereador Ângelo Filippini.
Rodrigues, porém, informa que viajou apenas para Campinas
e que só visitou uma única unidade da Anhanguera.
Os fatos estão aí. Mas o vereador prefere ler em outros
meios de comunicação que preferem o press release
pronto em detrimento de reportagem de campo devidamente comprovada.
Qualquer semelhança entre o vereador e esse tipo de imprensa
não é mera coincidência.
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