tiaanastacia@jornalcontato.com.br

“Não me deixam governar”

Não foi o presidente Lula o autor dessa frase mas seu sósia do Chafariz num desabafo diante de munícipes e perueiros que não entenderam nada

 

Flávio Dovigo
Guarde bem esse nome. Foi ele quem cobrou no corredor da Câmara, em nome do prefeito, o apoio da vereadora Maria das Graças, antes da votação que melou a criação de uma CEI para investigar o caixa 2 da prefeitura. Maria das Graças não teria resistido à pressão e deu o voto que faltava para a tropa de choque do prefeito. Dovigo nega. Graça também. Mas muita gente jura que é verdade.

Memória de graça
A vereadora Maria das Graças parece que não anda boa de memória. Ela negou que Marco Aurélio Bertaiolli seja candidato a deputado federal pelo PFL. Se a vereadora quiser clarear a memória é só ligar para a redação que nosso diretor poderá lhe contar todas as conversas que já teve com o candidatíssimo Bertaiolli. Tia Anastácia não se conforma como é que uma vereadora que tem tudo para ser uma excelente parlamentar possa ter memória tão fraca!

Responda se puder
Será que a conta que prefeitura tem no Banco Santander Banespa vai mesmo para a Caixa Econômica Federal depois que o maior banco do mundo recuou da decisão de colaborar com o caixa 2 montado para bancar o Iluminatau, a campanha de Natal, em dezembro de 2005?

Inquietação
A lei do silêncio desceu o morro e se instalou na Câmara de Taubaté. Confuso com os últimos acontecimentos na Casa, um dos sobrinhos preferidos da Tia Anastácia não pára de se perguntar: o que levou os vereadores a adotarem a estratégia do silêncio total? As digitais encontradas não deixam dúvidas: é mais uma marca do estilo Peixoto. Alguém duvida?

"Eu mando...
Protegido por agentes da Ronda Especial, o prefeito Roberto Peixoto foi cercado no último sábado, 29, na Praça da Matriz, por condutores de Vans que protestavam contra a política de transporte na cidade. Rápido no gatilho, Peixoto, para acalmar os ânimos dos manifestantes, marcou uma reunião com a categoria.

... mas não me deixam governar”
A situação parecia contornada até que Monteclaro César, o verde diretor de Trânsito, inimigo nº 1 das áreas verdes, chega perto do prefeito, querendo mostrar serviço e tenta dominar a situação: “Já marquei uma reunião com eles, prefeito”. Peixoto emitiu um grito que pôde ser ouvido nos recantos mais longínquos do Registro: “A reunião com eles já está marcada, Monteclaro. Assim não dá, vocês estão vendo, não querem me deixar governar”. Tia Anastácia aumentou seus estoques de erva cidreira.

Paolicchi versus Simões?
O diretor de Segurança e o diretor de Turismo estão prontos para a largada. Ambos ainda correm pelas bordas, mas até os vãos dos tacos do Palácio Bom Conselho sabem que um dos dois ficará com a cadeira de Fernando Gigli Torres, na chefia do Gabinete do prefeito. CONTATO sondou. Paolicchi desconversou e Simões negou. E la nave va...

Quem tem fama, deita na cama
A reação enérgica de Henrique Nunes dia 18 de abril na Câmara contra o que ele denominou de “puxa-sacos da prefeitura” não foi direcionado a Monteclaro César, diretor municipal de Trânsito, conforme essa coluna noticiou. O recadinho foi para o delegado Simões. Durante a encenação da Paixão de Cristo, no Alto de São Pedro, dia 13 de abril, o diretor de Segurança teria cobrado um posicionamento mais alinhado de Nunes com o Palácio Bom Conselho. Às vezes até o ditado popular se engana. Não é mesmo Monteclaro?

Silêncio obsequioso
A crise moral vivida pelo Partido dos Trabalhadores trouxe uma contribuição para nosso já rico vocabulário. A filósofa Marilena Chauí cunhou a expressão “silêncio obsequioso dos intelectuais” para justificar sua negativa de produzir qualquer análise a respeito da corrupção sistêmica vivida pelo governo de Lula. Na sessão de terça-feira, 2, os vereadores, com exceção de Luizinho da Farmácia, foram contaminados pela filósofa. Quem esteve na Câmara ficou com a impressão de que nada acontece na terra de Hebe Camargo. Coitado de Monteiro Lobato!!

Memória pouca é bobagem
Glauber Victor, quem diria, ex-perdigueiro da notícia, na campanha para prefeito de Taubaté, em 2004, tinha um dos muros da sua casa todinho pintado com uma vistosa propaganda do então candidato António Mário Ortiz. Que coisa, hein! Em quem será que ele votou para prefeito?

Reparação
“Meu mandato não tem preço. Isso aqui não é um balcão de negócios”. A flechada da vereadora Pollyana Winther não era para atingir Maria das Graças (PTC), mas atingiu mesmo não sendo intencional. Na verdade, a resposta foi uma reação às insistentes afirmações do prefeito Roberto Peixoto dando conta que Pollyana é contra a construção de 1.100 casas populares em Taubaté. Pronto vereadora, está desfeito o mal entendido.

Maldade Pura
Gente, como é que eu não havia pensado nisto antes: o experimento com germinação de sementes de feijão na órbita da Terra, uma das tarefas do astronauta brasileiro Marcos Pontes, pode abrir caminho para o assentamento dos Sem-Terra no espaço!