Por Marlon Maciel Leme

Manteremos contato
Soraya Aggege, autora da matéria “Ex-dirigente do PT revela: Valério ia O jornalista Marlon recebeu convite para trabalhar na cidade de Mogi das Cruzes, onde reside a sua estrela-guia: a engenheira agrônoma Carol Prado


Marlon e sua musa Carol

Há quase um ano CONTATO passou a fazer parte da minha vida. Ao longo desse tempo, foi gradativamente, me impregnando. Até que passou a se fazer presente em todos os momentos, em tempo integral. Não resta dúvida. Respirava CONTATO, dormia e acordava pensando como começar e encerrar mais um dia na lida. E tudo isso aconteceu da maneira mais prazerosa, satisfatória. Foi também alimento, inclusive para o coração, por mais estranho que isso possa parecer. Por isso, acredito, torna-se impraticável descrever tão rica e saudável experiência sem distanciar-me das emoções, as quais, faço questão de não economizar.
Nesse momento, entretanto, em que as emoções se confundem, o mesmo destino que nos uniu agora decide também nos conduzir a novos caminhos. É um ciclo que se encerra para que outro tenha início. É a vida em movimento. Ela que nos impele cada vez mais a encarar desafios, experimentar o novo, sem temer o desconhecido. Lição esta adquirida nesta escola que também me serviu de casa. Foram dias e noites juntos. Passava mais tempo aqui, com a redação, do que em qualquer outro lugar. A Carol, agrônoma que se tornou minha cúmplice nessa jornada, que o diga.
Foi um tempo intenso de convívio entre estes amigos do peito. Profissionais dedicados, aptos para a missão de informar, com qualidade gráfica e editorial, sem o rabo preso com qualquer esfera do Poder. Muito pelo contrário. Neste caso, dar exemplos seria o mesmo que comentar sobre o que é óbvio e evidente, como diria Paulo de Tarso, chefe, amigo, parceiro e confidente. Esse mérito ninguém tira de CONTATO, por maior que sejam as tentativas de desqualificar esse jornal que hoje adquiriu corpo de uma grande revista.
Aproveito, neste meu primeiro De Passagem, para registrar que essa passagem, desde o princípio, quando decidi embarcar de cabeça no jornalismo, foi e continuará a ser a melhor de todas elas, nessa longa e difícil viagem. Aqui, ao lado de Paulo, Pedro, Jorge, David, Rafael, Luciana, Gabriel e o caçula, Afonso, o nosso estrategista, fez-se mais que uma equipe, formou-se uma grande família, sem trocadilhos globais.
Sentimentos estão enraizados. E assim permanecerão. Indispensáveis, os levarei na bagagem. Comigo levo também, para sempre, o compromisso, nos moldes como aprendi, com a busca das versões mais próximas da verdade, assim como dizia o jornalista americano Carl Bernstein. Junto com seu parceiro Bob Woodward, o repórter do The Washington Post, no início dos anos 70, em suas reportagens ajudou a revelar o escândalo que ficou conhecido como Watergate, contribuindo para a renúncia do então presidente Richard Nixon, em 1974.
Histórias à parte, CONTATO me fez conhecer de perto a persistência, com a convicção de que tanto esforço não seria em vão, de que não seria um tiro no pé. E não foi.Para encerrar, é preciso fazer alguns agradecimentos, mas as limitações físicas do papel não permitirão aqui contemplar a todos. Mas é preciso dizer obrigado aos inúmeros incentivadores deste jornal que optou pela independência editorial, fator ora escasso no mercado editorial das terras de Lobato. Agradecimento especial aos nossos leitores, anunciantes, assinantes e, como não poderia deixar de ser, a nossas fontes que nos confiaram suas histórias e acreditaram que aqui encontrariam vazão para suas denúncias.
Agradeço também àqueles que relutam em ignorar e não reconhecer CONTATO como a nova expressão do jornalismo taubateano. Diferenciado, reflexivo, crítico e, acima tudo, engajado. Esses ingredientes fizeram desta receita sucesso de crítica e de público. Deixo CONTATO apenas fisicamente. Nossos vínculos serão conservados com o rigor daquele que aprende a amar e a cuidar. Continuarei colaborando com esse semanário embora com freqüência menor, mas jamais os deixarei por definitivo. Ainda terão que me aturar por muito mais tempo, podem ter certeza disso. Com um forte e fraterno abraço me despeço, mas, reafirmo, manteremos contato. Até qualquer hora.

 

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