SESI e CIESP de Taubaté realizaram, na terça-feira, 23, um workshop sobre Voluntariado Empresarial que é uma das formas encontradas pela sociedade civil organizada para o engajamento das empresas nas chamadas Metas do Milênio

Por Paulo de Tarso Venceslau

O Voluntariado é uma das formas mais valiosas da empresa colaborar com o desenvolvimento social do país por meio da transferência de conhecimentos e competências de planejamento e gestão para as organizações sociais.
Ao estruturar um programa de voluntariado, a empresa cria um canal para esta transferência e com isto pode gerar grandes transformações, pois, ao fortalecer as organizações sociais, elas poderão ampliar e qualificar suas atividades e com isto obter resultados mais eficientes e significativos.
Um programa de voluntariado empresarial é o apoio formal e organizado de uma empresa a empregados e aposentados que desejam servir voluntariamente uma comunidade com seu tempo e habilidades.
Para a socióloga Anísia Sukadolnik, o trabalho voluntário rejuvenesce, melhora a auto-estima e possibilita revisão profunda de valores. Principalmente quando esse trabalho encontra-se engajado com a Declaração do Milênio aprovada pelas Nações Unidas em setembro de 2000, um compromisso compartilhado com a sustentabilidade do Planeta. A declaração estabelece um conjunto de 8 macro-objetivos a serem atingidos pelos 191 países signatários até o ano de 2015, por meio de ações concretas dos governos e da sociedade.

1)Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2)Atingir o ensino básico universal;
3)Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4)Reduzir a mortalidade infantil;
5)Melhorar a saúde materna;
6)Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças;
7)Garantir a sustentabilidade ambiental; e
8)Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.

Esse foi o resumo da exposição feita pela consultora Anísia Sukadolnik, socióloga e diretora de relações institucionais do Centro de Voluntariado de São Paulo. Sukadolnik é uma verdadeira missionária. Viaja pelo Brasil dando palestras tanto para diretores e presidentes de empresas como para líderes comunitários. Não importa o tamanho e a procedência da platéia, tampouco se o auditório é um galpão de tábua ou auditório com ar-condicionado.
A segunda parte do programa foi a apresentação do case “A trajetória do voluntariado da Maxion”, que emprega cerca 3 mil funcionários em Cruzeiro, pela analista de RH Tânia Sellmann. Foi uma lição de vida e de troca de experiências. Diante da ausência de ações concretas por parte de nossos governantes, o setor industrial tem revelado criatividade e disposição para fazer a parte que lhe cabe.

Serviço:
Centro de Voluntariado de São Paulo – CVSP – www.voluntariado.org.br

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Jornal CONTATO 2006