O gênio muda a concepção do
mundo de sua época, com propostas inusitadas, antecipatórias.
Já o superdotado faz propostas criativas, reformula soluções.
Maximiliano Arellano
Maximiliano
Arellano já tem condições de cursar uma universidade,
afirmam seus pais. Segundo eles, a criança apresenta características
de superdotado e poderia facilmente acompanhar um curso de medicina.
Os pais gostariam de matriculá-lo na Faculdade de Medicina
do Estado do México. O diretor da instituição,
Roberto Camacho, disse que soube do talento da criança quando
conheceu o pai. "Além de ter que passar pela prova de
ingresso, a situação deve ser avaliada pelas autoridades
do centro educacional".
Aos 6 anos de idade, o mexicano Maximiliano Arellano já sabe
o que quer ser antes mesmo de crescer: médico. ‘‘Quero
ser médico porque não gosto de ver gente sofrendo’’.
No último dia 27, o menino subiu numa cadeira — o púlpito
era grande para ele — e começou a falar por 45 minutos
ininterruptos. O tema ‘‘Causas e conseqüências
da osteoporose’’ seria complicado para muito marmanjo.
Max não se intimidou e impressionou a platéia de estudantes
e professores de medicina da Universidade Autônoma do Estado
do México. Praticamente não houve espaço para
perguntas. O garoto não aceita o rótulo de ‘‘gênio’’.
‘‘Quando se é gênio, é preciso saber
muitas coisas’’, desconversa.
Quando
alguém ouve o termo "superdotado", a primeira imagem
que vem à cabeça é a do gênio, que sabe
tudo sobre todas as coisas, como Albert Einstein ou Leonardo da Vinci.
Mas não é bem assim. Hoje, já é consenso
que o superdotado não precisa ser bom em tudo. Ele pode ter
desenvolvimento abaixo da média em determinadas disciplinas
ou não se sentir estimulado com o ensino convencional.
É justamente o fato de ter habilidades surpreendentes em áreas
específicas, mas de não ser, necessariamente, brilhante
em tudo, o que diferencia o superdotado do gênio. O gênio
muda a concepção do mundo de sua época, com propostas
inusitadas, antecipatórias. Já o superdotado faz propostas
criativas, reformula soluções. Por isso, todo gênio
é superdotado, mas nem todo superdotado é gênio.
O que o Aurélio classifica como "indivíduo dotado
de inteligência invulgar", a Ciência traduz como
alguém que precisa de cuidados e estímulos para canalizar
todo o potencial de suas habilidades de forma positiva. Por isso,
os especialistas alertam para a importância de monitorar os
superdotados.
Maximiliano Arellano, já tem condições de cursar
uma universidade, afirmam seus pais. Segundo eles, a criança
apresenta características de superdotado e poderia facilmente
acompanhar um curso de medicina. O menino já apresentou conferências
sobre questões como osteoporose, diabete e anemia e deixou
a platéia surpreendida.
Contam os pais que Max, como é carinhosamente chamado, começou
a dar provas de sua memória fotográfica aos três
anos, quando recitou as capitais do mundo. Nesta época, mostrou
interesse pelos livros de medicina do pai, que é representante
de um laboratório médico. Ele memorizava o texto e depois
explicava tudo que tinha aprendido durante a leitura.
Os pais gostariam de matriculá-lo na Faculdade de Medicina
do Estado do México. O diretor da instituição,
Roberto Camacho, disse que soube do talento da criança quando
conheceu o pai. Mas afirma que seria complicado adaptar as disciplinas
e as situações para que um menino tão novo pudesse
ter aulas na universidade. "Além de ter que passar pela
prova de ingresso, a situação deve ser avaliada pelas
autoridades do centro educacional", explicou, acrescentando que
Max não poderia entrar no próximo semestre, como esperavam
os pais da criança, pois as inscrições já
terminaram.
Sua mãe critica aqueles que "não podem aceitar
que o menino seja tão inteligente e não aceitam integrá-lo
a classes com pessoas mais velhas". Ela não descarta a
possibilidade de o filho cursar várias carreiras universitárias
e diz que, por enquanto, não fizeram contato com associações
de crianças superdotadas. Max nunca tirou notas baixas na escola,
mas, como uma criança normal, gosta de brincar com os amigos
e eventualmente esquece de fazer o dever de casa. Ele também
acessa a internet freqüentemente.
"Quero ser médico para curar as pessoas", repetiu
o precoce Max aos repórteres. Além da medicina, sua
outra paixão é a biologia marinha. Max guarda como um
tesouro um livro de Jacques Costeau, e mostrou ao repórter
seu animal preferido, um polvo. Ele também gosta de todos os
estilos musicais, mas diz preferir a música clássica,
citando os grandes compositores e suas obras mais importantes.