Por Harold Maluf
Presidente do DABM - Medicina
“Tudo
para todos não dá!”
Diretório Acadêmico
da Medicina (Unitau) não se cala às (im)perfeições
do ainda titular da pasta de Saúde de Taubaté e parte
para o contra-ataca.
Dr.
Pedro Henrique.
Os
artigos 196 e 198 da Seção de Saúde da Constituição
Federal declaram que saúde é dever do Estado e direito
do cidadão. Assim, dois pilares do SUS são colocados
com característica pétrea: UNIVERSALIDADE: como definição
do “PARA TODOS” e INTEGRALIDADE: como definição
do “TUDO”. Em suma, o direito a saúde no Brasil
garante “TUDO PARA TODOS”.
O TUDO consiste da atenção a todos os tipos de doenças
e agravos em todos os níveis de complexidade e com ações
de promoção, proteção e recuperação
da saúde. É claro também que devemos defender
otimização dos recursos disponíveis.
Durante a última reunião do Conselho Municipal de Saúde,
no dia 20 de setembro, a qual nós, do Diretório Acadêmico
da Medicina, estávamos presentes, o Dr. Pedro Henrique, (Saúde),
repetiu inúmeras vezes “tudo para todos não dá”.
Em seguida explanou, os porquês do esgotamento dos recursos
da prefeitura com a saúde, que culminou na falta de remédios
da Farmácia Comunitária da Prefeitura. O Dr. Pedro Henrique
correlacionou a sua crise administrativa com: “ausência”
do Governo do Estado no suporte ao atendimento básico e “incompetência”
da UNITAU sobre os assuntos relacionados ao Hospital Universitário
de Taubaté (HUT).
Lançando empecilhos do Estado para o município entrar
na Gestão Plena, o Diretor de Saúde argumentou a falta
de contatos com o Secretário do Estado da Saúde e o
Ministro da Saúde. Somos contra argumentamos pelo fato de no
começo do ano termos deixado o Dr. Pedro Henrique ao lado do
Secretário Adjunto do Estado da Saúde, Dr. Ricardo Oliva,
durante o Fórum de Educação Médica Universitária
de Taubaté (FEMUT), que discutiu a Gestão Plena e outros
problemas do Estado e do Município sobre o HUT.
Em se tratando de HU, outros conselheiros íntimos ao Dr. Pedro
Henrique disseram absurdos sobre as ações que a prefeitura
deveria tomar sobre o HU após o fechamento da Semi-intensiva
pela reitora, ou seja, que a prefeitura pode causar um “furacão”
cortando os recursos para o hospital, fechando suas portas. Nós
contra-argumentamos, deixando claro que por mais que a semi-intensiva
fosse da prefeitura, ela se encontrava numa enorme calamidade pela
falta de recursos do município. Entendemos que se fosse por
falta de recursos, o HU já estaria fechado há muito
tempo. O HU só vai fechar no dia que se inaugurar o novo. “O
HU é peça fundamental e determinante na saúde
da região”, afirma o ex-presidente do DA Medicina, Glauco
Callia.
Barrados
no Baile!
Entre outros assuntos, como o atendimento a não taubateanos
nos PAMOS e no HU, nosso direito a voz foi impugnado por um dos conselheiros
que disse não ser justo que nós, estudantes, proferíssemos
algo quando em outras ocasiões cidadãos não puderam
falar pelo “entrave” do regimento do Conselho. Dr. Pedro
Henrique acatou com a implicância do conselheiro e disse nos
dar cópia do regimento que impede nossa participação
com direito a voz.
Com informações do Conselho Estadual e Nacional de Saúde
(Ministério da Saúde), da Direção Executiva
Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM), da APM e do Conselho
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS),
descobrimos que todo e qualquer cidadão tem direito a voz dentro
dos Conselhos Municipais.
Será que nosso Secretário de Saúde sabe disso?
Se não sabe, o informaremos dos direitos cívicos ultrajados
na última reunião e pediremos a voz novamente. Caso
não possamos nos pronunciar, o Ministério Público
será acionado e outras medidas enérgicas serão
tomadas.