A
sonda espacial faz parte do programa New Frontiers da NASA, cuja finalidade
é a exploração do Sistema Solar em áreas
ainda não atingidas por equipamentos enviados pelo homem.
New Horizons
"Ir
audaciosamente onde nenhum Homem jamais esteve...". A inspiração
da ficção motiva a realidade, ou será o contrário?
Em Janeiro de 2006, a sonda "New Horizons" irá dar
mais um sinal do despertar da Humanidade para a exploração
dos confins do nosso "bairro cósmico"!
Uma viagem de nove anos a Plutão e a sua lua Caronte, único
planeta que, até agora, ainda não foi visitado por nenhum
objeto terrestre. "Novos horizontes" serão revelados,
pois a sonda (tal como a Humanidade) não vai ficar por aí.
A sonda espacial New Horizons faz parte do programa New Frontiers
da National Aeronautics and Space Administration - NASA, cuja finalidade
seja a de explorar o Sistema Solar.
O programa New Frontiers usará sondas espaciais de médio
porte com a finalidade de efetuar estudos científicos de alta
qualidade, procurando melhor compreender o Sistema Solar. Atualmente,
(Outubro 2006) a caminho do planeta-anão Plutão, a sonda
New Horizons aproxima-se do maior planeta do Sistema Solar, Júpiter.
Desde sua descoberta em 1930, astrônomos descobriram uma região
inteira com objetos gelados, parecidos com Plutão, chamada
Cinturão Kuiper. Os cientistas agora colocam Plutão
na mesma categoria destes objetos do Cinturão de Kuiper, ao
invés de colocá-lo entre outros planetas.
A primeira imagem do gigante Júpiter feita pela Câmera
de Reconhecimento de Longo Alcance (Lorri, na sigla em inglês)
promete ser apenas uma amostra das fotos detalhadas que serão
feitas quando a sonda penetrar de fato o sistema de Júpiter,
no início de 2007. A New Horizons ainda estava a 291 milhões
de quilômetros de Júpiter quando a primeira foto foi
tirada.
Na periferia do Cinturão de Asteróides, entre Marte
e Júpiter, a Lorri fez a foto do planeta gigante como um teste
para as observações que serão feitas durante
a aproximação máxima, em janeiro e fevereiro.
A imagem foi produzida numa situação próxima
à de oposição solar, o significa que o Sol estava
praticamente por trás da New Horizons. Isso fez Júpiter
aparecer muito brilhante.
A sonda New Horizons, lançada no dia 19 de janeiro de 2006
com destino a Plutão, testou sua capacidade de fazer imagens
e rastrear pequenos objetos como o asteróide 2002 JF56, uma
rocha de 2,5 quilômetros de diâmetro, em órbita
no Cinturão de Asteróides.
As recentes imagens feitas a distâncias entre 1,3 e 3,37 milhões
de quilômetros, mostram o asteróide como um ponto difuso
e brilhante, contra o fundo escuro do espaço. Fotografar o
asteróide significa que a New Horizons será capaz de
localizar e rastrear objetos em movimento com relação
a ela, exatamente como estará Júpiter e em seguida Plutão.
A observação do asteróide foi um importante teste
não só para avaliar a capacidade dos sistemas em acompanhar
objetos em movimentos rápidos mas também de poder refinar
a seqüência dos processos. Os objetos que serão
observados nos próximos meses, no sistema de Júpiter,
parecerão se deslocar no céu muito mais devagar que
este asteróide.
Quando a sonda alcançar plutão, em 2015, a capacidade
de rastreio e captação de imagens terá de ser
ainda mais rápida do que no caso do 2002 JF56. As imagens feitas
pela New Horizons foram captadas nos dias 11, 12 e 13 de junho, e
enviadas a Terra .
Atualmente, a New Horizons se encontra a 237 milhões de quilômetros
do nosso planeta. Todos os sistemas de bordo funcionam perfeitamente
e sua aproximação máxima de Júpiter se
dará no dia 28 de fevereiro de 2007, quando receberá
um novo impulso gravitacional, que a lançará definitivamente
em direção a Plutão a uma velocidade de 47 mil
quilômetros por hora.
A New Horizons custou US$ 700 milhões (R$ 1,6 bilhão)
e vai colher informações sobre Plutão e suas
luas, antes de, como se espera, passar a explorar outros objetos fora
do sistema solar. Os cientistas estão torcendo para que ela
consiga explorar os objetos gelados que existem na região do
espaço conhecida como Cinturão de Kuiper, que fica para
além de Netuno. Esta região concentra dezenas de milhares
de pedaços de gelo espalhados em uma distância correspondente
a entre 30 e 50 vezes a que separa a Terra do Sol.