Por
Harold Maluf
Presidente do DABM - Medicina
Ainda não nos entendemos!
O
Termo de Cooperação Técnica entre o Hospital
Universitário de Taubaté (HU) e o Hospital Regional
do Vale do Paraíba (HR) parece abalado pela falta de comunicação
do Conselho Técnico com o Conselho Gestor.
A
integração efetiva entre o HU e o HR está baseada
em dois pilares: o Conselho Técnico (CT), responsável
pela definição da política de saúde que
será implementada pelo resultado dessa integração;
e o Conselho Gestor (CG), responsável pela execução
daquelas decisões. O primeiro é presidido pelo dr. Eduvaldo
Marques e o segundo por Sandra Tutihashi, diretora da DIR XXIV.
Na terça-feira, 5, esses dois Conselhos se reuniram para passar
a limpo todas as ações realizadas durante o ano que
dizem respeito aos aspectos assistencial e de ensino dentro do termo
de cooperação técnica.
O CT foi interpelado sobre as realizações porque o CG
não está a par destas informações o que
pode significar falta de diálogo e de legitimação
sobre as ações promovidas durante o ano. Em vista disto,
foi proposta uma maior aproximação dos Conselhos. Afinal,
um conflito de informações e de idéias pode arruinar
a chamada integração desses dois importantes hospitais.
Com os ânimos exaltados, a dra. Aldinéia Martins, diretora
técnica do HR, posicionou-se de maneira ríspida ao dr.
Antonio Celso Iervolino, ex-ouvidor do HRVP e hoje ouvidor da DIR
XXIV, quando disse que não era de “bom tom” um
Conselheiro emitir um manifesto que ataca a inoperância do Termo
de Cooperação (Jornal Contato, edição
295). Dr. Antonio Celso respondeu que ali ele não se manifestava
como conselheiro e sim como um ex-aluno da Faculdade de Medicina de
Taubaté, defendendo uma inclusão maior de internos no
Hospital Regional.
Nós, do Diretório Acadêmico Benedicto Montenegro
(Medicina), fomos questionados pela Dra. Aldinéia sobre a falta
de participação dentro do Conselho Técnico. Nossa
justificativa é mais do que legítima: os horários
das reuniões nunca condizem com nossas atividades curriculares,
o que é altamente questionável. Foi proposto então
pela Dra. Aldinéia que se providenciem horários compatíveis
com nossas atividades.
Quanto à burocracia, foi apontada como solução
a necessidade de legitimação das propostas do Conselho
Técnico ao conselho gestor antes de qualquer ação.
A Unitau, que apenas cedeu aquele espaço onde os conselhos
estavam reunidos, tem afirmado que está disposta a bancar eventuais
despesas oriundas de um eventual termo aditivo que possa ser incluído
no Termo de Cooperação Técnica.
Em virtude de tudo isso, caracterizamos esse episódio como
um “esquecimento”, que ficou um tanto abafado com o anúncio
a respeito da construção de um novo Hospital Universitário.
Esperamos um maior destaque das atividades para que a integração
destes hospitais se fortaleça no próximo ano. Caso aconteça,
o ensino de melhor qualidade poderá beneficiar os aspectos
assistenciais, e com isso serão be-neficiados acadêmicos
e usuários. Só falta um pouco mais de boa bondade.
Por
Harold Maluf
Presidente do DABM - Medicina