Os parlamentários aprovaram o projeto de lei de reajuste de 7% dos próprios salários e também dos servidores; taubateanos ficaram indignados com o aumento.
Por Nathália de Oliveira
Em votação relâmpago, os vereadores aprovaram na sessão de terça-feira, 29, o reajuste de 7% dos próprios salários e também dos servidores da Câmara. De acordo com os parlamentares, a medida repõe o índice corroído pela inflação. Prefeito Ortiz Júnior sancionou a lei que foi publicada no Diário Oficial na terça-feira, 05. Os novos salários já valem a partir do dia 1º de abril.
A justificativa para o aumento foi para repor “as perdas ocasionadas pela inflação” no último ano. Os vereadores passarão a receber o salário de R$8.363,90 (o anterior era R$7.816,73). O presidente da Câmara receberá R$ 9.490,36 (o anterior era de R$ 8.869,50).
Gorete (DEM) foi aúnica vereadora que votou contra o reajuste salarial. “Eu tomei conhecimento no último momento. Assim que soube do projeto, logo procurei saber como que seria o dissídio do funcionário publico municipal. Ainda não tem nada e então decidi não aprovar o reajuste de 7%”, afirma a vereadora. Ela acredita que este não seja o momento ideal para qualquer aumento devido à crise em que o país está. “Eu vou receber exatamente o mesmo que um funcionário municipal e o restante doarei. Este é o meu compromisso com a população” completa Gorete.
Próximos Vereadores
Na sessão de segunda-feira, 04, os parlamentares rapidamente votaram o projeto de lei que determina o salário para os parlamentares, prefeito e vice que serão eleitos este ano e iniciarão os mandatos em 2017. Pela Lei Orgânica do Município, devem ser fixados no último ano da legislatura para a seguinte.
Foi estabelecido0% de reajuste o que significa que os salários continuarão os mesmos vigentes atualmente. “O valor será o mesmo porque temos que considerar que houve revisões ao longo dos últimos anos”, destacou a vereadora Pollyana Gama (PPS), presidente da Comissão de Finanças da Câmara.
População indignada
Professores da Rede Municipal, João Paulo Nascimento e Lúcia Pinto ficaram revoltados com o reajuste aprovado pelos parlamentares. “Ficamos indignados porque o projeto não estava incluído na pauta e a população nem foi avisada deste reajuste”, afirma o professor. Os dois deram início a um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para vetar o reajuste e reduzir o salário dos parlamentares. “Queremos que sejam equiparados ao salário de um professor da rede municipal de educação”, explica. De acordo com João Paulo, um professor recebe R$4.600em média.
Segundo o projeto, o valor “pode ser considerado um bom salário àqueles que optaram pela carreira da edilidade”. O documento também determina que os reajustes dos saláriosdevam ter como base o mesmo índice concedido aos professores. O projeto precisa ter a adesão de 5% da população taubateana para que seja apresentado e validado. Os organizadores estão realizando abaixo-assinado para incentivar a participação dos munícipes.
Em cinco dias de trabalho já foram colhidas cerca de 4 mil assinaturas. João afirmaque o interesse da população é grande. Para Pollyana Gama, o movimento é legitimo. “Por mais que eu compreenda a iniciativa,mas sua aprovação não é o que vai garantir a recomposição do salário do servidor público da Prefeitura”. De acordo com a vereadora, a falha é do prefeito Ortiz Júnior que não encaminha à Câmara o projeto de revisão salarial dos funcionários da prefeitura.