O atual contrato do município com a SABESP tem validade até dezembro de 2011. Neste momento o Palácio Bom Conselho concentra esforços para garantir a celebração de um novo convênio com a mesma empresa de saneamento, para a prestação de serviços de água e esgoto pelo período de 30 anos.
Em fevereiro de 2011 chegou ao Legislativo o projeto de lei, de autoria do poder Executivo, que autoriza a celebração do convênio. Isto significa um adicional extra de R$ 60 milhões para a Prefeitura de Taubaté fazer obras na cidade em 2012, um ano eleitoral. Por isso o interesse dos palacianos em aprovar com urgência a matéria. Para tanto, o prefeito Roberto Peixoto (PMDB) estaria disposto a dividir a verba da SABESP com os vereadores (leia-se: todos os políticos com mandato poderiam indicar as obras a serem feitas com o dinheiro).
Na manhã de sexta-feira, dia 14, membros do desgoverno municipal estiveram na Câmara Municipal, como Gerson Araújo (obras públicas) e Antônio Pedrosa (planejamento), para discutir o assunto. O arquiteto Monteclaro César, comissionado desde 2005 no Palácio Bom Conselho, também participou da reunião. O secretário de Governo, Adair Loredo, capo da legião estrangeira, que chegou a Taubaté com a missão de tirar Roberto Peixoto do atoleiro, representou o prefeito. CONTATO precisou ser rude para participar da reunião, porque o vereador Chico Saad (PMDB) não queria a participação da imprensa.
Existe um grupo minoritário entre vereadores que são favoráveis a uma auditoria nas dívidas pagas pela Prefeitura à SABESP. Esta dívida começou a ser paga em 99 prestações após o acordo judicial homologado pelo juiz da Vara da Fazenda Pública. Mas, para o Ministério Público, este acordo é ilegal e lesivo aos cofres públicos.
Uma possível auditoria pode retardar o uso dos R$ 60 milhões em 2012. Adair Loredo rechaçou esta hipótese. Ele quer a celebração do convênio o quanto antes e não se furta de fazer terrorismo para ver isto acontecer.
O capo da legião estrangeira chegou ao ponto de afirmar que os políticos com mandato podem sofrem ação judicial por improbidade administrativa se o novo convênio com a SABESP não for celebrado em 2011.