O vereador Henrique Nunes (PV) divulgou hoje, dia 13, um artigo intitulado “O processo de cassação em Taubaté”, no qual fala sobre o seu posicionamento na Comissão Processante. Ele optou por absolver o prefeito Roberto Peixoto (PMDB). No texto ele também afirma que não será candidato nas eleições de 2012. Confira o artigo na íntegra:
O processo de cassação em Taubaté
Um grupo de pessoas mal intencionadas tem atacado sistematicamente este vereador, com ofensas à honra, ferindo a moral daqueles que a tem, como é o meu caso. O pior é que, alguns órgãos de imprensa têm refletido nas suas páginas tais acusações, sem ouvir o outro lado. Para tanto, muito embora já tenha feito na tribuna da Câmara, passo a justificar meu voto.
Em primeiro lugar, destaco que, em nenhuma das duas eleições do atual prefeito, o tive como meu candidato. Na sua primeira eleição, teve seu nome indicado pelo ex-prefeito Bernardo Ortiz como o apoio do deputado Pe. Afonso mais 14 vereadores da época. Já na reeleição, teve ao seu lado o PT do Lula, bem como a população que o levou ao segundo mandato.
Oscilei entre oposição e situação nestes sete anos de mandato e, no momento da Comissão Processante, dava-lhe “sustentação política” junto a um grupo de vereadores, inclusive com a indicação do atual secretário de Serviços Públicos, ou seja, não primava do “quanto pior, melhor”, pois o prefeito de plantão era o atual que, escolhido pela segunda vez, tem a legitimidade do cargo.
Diante de uma série de acusações e ainda, com o episódio de sua prisão temporária, que se deu segundo o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Jorge Mussi, de maneira arbitrária, abusiva, na sua decisão. Mais fácil seria abandoná-lo politicamente e votar a sua cassação, porém, não é do meu perfil esse tipo de procedimento. Não nasci político, honro meus princípios, não dou a última estocada a quem já está ensangüentado, não piso na garganta de quem está caído.
Há quem interessa a mudança de governo faltando um ano para as eleições? Qual PT assumiria? O PT Paolocci e do Zé Dirceu ou PT de Taubaté, que apoia o prefeito?
Parece-me que o quadro político sofreria uma reviravolta pouco interessante para Taubaté. Fiz o meu papel como político e como pessoa. Nada tenho contra o voto de cada um de meus pares, cabe a eles se justificarem perante a sociedade.
Não quero entrar no mérito da Comissão Processante quanto às acusações e a alegação da defesa, pois o voto é político num processo de cassação aqui ou em qualquer lugar.
Volto a repetir, não foi com o meu voto que o atual prefeito está lá, aliás, o eleitor foi quem o elegeu cinco vezes – duas vezes vereador, uma vice-prefeito e duas vezes prefeito.
Esta é a minha justificativa. Caso você não aceite, saia candidato nas próximas eleições, se eleja e vote do meu lugar, pois não sou mais candidato a vereador.
Acho que já fiz a minha parte, com três mandatos de vereador, sendo duas vezes presidente da Câmara, além de uma candidatura a prefeito e uma a deputado federal. Tenho a sensação do dever cumprido.