Confira alguns temperos que sairão na revista VEJA dessa semana e selecionados pelo O Antagonista sobre a parceria de Gilmar Mendes com Joesley Batista e encerra com o potencial eleitoral do mago Henrique Meirelles para presidente
Gilmar Mendes: “Não me lembro. Nunca.”
Entre 2008 e 2016, Gilmar Mendes recebeu 7,5 milhões de reais do IDP, diz a Veja. Só no ano passado, foram 900 mil reais. “Não vejo nenhum problema”, disse Gilmar Mendes. “Eu era professor antes de ser ministro”.
A Veja perguntou-lhe: “O diretor jurídico da JBS lhe pediu ajuda para resolver o problema de caixa 2 eleitoral?”
Ele respondeu: “Não me lembro. Nunca”.
A revista perguntou: “O senhor se recorda de a JBS ter sido acionada por sua assessoria para resolver um problema fundiário de seu irmão?”
Ele respondeu: “Não tenho conhecimento”.
Pobre Ministro, não sabe de nada, tal qual Lula
O irmão de Gilmar Mendes na terra de Joesley
Além de seus jantares com Joesley Batista, Gilmar Mendes convidou também Ricardo Saud para um churrasco em sua casa. Segundo a Veja, o relacionamento entre a empresa e o ministro do STF estendeu-se a questões familiares.
A JBS, diz a reportagem, “comprou em Mato Grosso uma propriedade de 300 hectares que vinha sendo arrendada por Francisco Mendes, irmão do ministro. Francisco queria manter as terras, nas quais criava gado e plantava soja”.
A diretora do IDP pediu então ao advogado da JBS que estendesse o arrendamento. O advogado respondeu em mensagem de áudio:
“Pode deixar que eu já mandei um e-mail para o diretor administrativo para ele me esperar amanhã para eu tentar resolver isso lá.”
E em seguida: “Missão é arrendar para o Chico Mendes, correto? Resolvido aqui”
“Na conta pessoal de Gilmar Mendes”
A Veja teve acesso a e-mails e documentos que tratam do patrocínio da JBS, de Joesley Batista, ao IDP, de Gilmar Mendes.
Segundo a reportagem, “os valores dos patrocínios das empresas iam parar, por vezes, na conta pessoal de Gilmar Mendes”.
Um desses casos ocorreu em 12 de junho de 2016.
O ministro do STF escreveu por WhatsApp para a diretora do IDP: “Veja se consegue começar a me pagar o resultado do patrocínio”.
Ela respondeu: “Quer de uma vez ou dividido?”.
Ele agradece e diz que tinha “contas altas” a pagar.
Indagado pela Veja, Gilmar Mendes garantiu que “não recebe nenhuma verba de patrocínio” do IDP.
A parceria comercial entre Gilmar Mendes e Joesley Batista
Gilmar Mendes e Joesley Batista, diz a Veja, “mantiveram uma parceria comercial e uma convivência amigável, a ponto de se visitarem em Brasília e São Paulo, trocarem favores, compartilharem certezas e incertezas jurídicas e tocarem projetos comuns”.
Em 15 de junho de 2015, eles jantaram juntos na casa de Joesley Batista. Em seguida, a JBS passou a patrocinar o IDP, de Gilmar Mendes.
“Sabe-se lá por qual razão”, continua a reportagem, “o assunto era considerado ‘confidencial’”.
Mordido pela mosca azul, só Meirelles acredita no seu cacife
Henrique Meirelles é uma unanimidade
Ele tem 1% de votos em todas as pesquisas eleitorais. Segundo a Ideia Big Data, foi esse o resultado obtido na consulta que fez com 3 mil pessoas se elas estariam dispostas a votar no ministro da Fazenda, diz a Época.
Resultado: “1% dos entrevistados disse que votaria nele com certeza, 8% afirmaram que talvez votassem; 14% disseram que dificilmente votariam; 32% declararam que não votariam de modo algum”.