Paulo Guedes, ministro da Economia e Posto Ipiranga do governo Bolsonaro, parece que surtou de vez. Um megalô que nunca escondeu sua loucura. Profissionais respeitados da área econômica cansaram de avisar: “Esse cara é um blefe. Nunca produziu nada digno de publicação.”
Não foi no cercadinho exclusivo do presidente que se ouviu essa expressão. Nem ao lado do presidente. Os verbos são sempre conjugados no futuro – no próximo ano a economia vai decolar, um futuro crescimento nos espera, os empresários nacionais e internacionais poderão investir com segurança, e por aí vai. Acontece que dentro de três semanas começa o último dos quatro anos de mandato. E nada acontece! Nem aconteceu!
Guedes pilotando a máquina da Formula 1
Na quarta-feira 8, Guedes afirmou em um evento da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações Investimentos), em Miami, que o Banco Central agiu rápido para enfrentar a alta da inflação que, repetiu ele, tem subido no mundo todo. “Eu acho que vamos controlar a inflação antes dos países mais avançados. A inflação será um grande problema para o mundo nos próximos dez anos, mas o Brasil está institucionalmente equipado para combatê-la mais rápido“.
Para Guedes, a inflação deve continuar subindo nos Estados Unidos com a aposentadoria da geração “baby boomer” (nascidos entre 1946 e 1964 na Europa e EUA) e com os fluxos financeiros chineses retornando para a China. E concluiu com a maior a maior humildade: “O Fed (Banco Central dos EUA) deve acordar, porque esteve dormindo e a inflação será maior e vai durar nos EUA“.
Na cabeça de Guedes, todo cidadão brasileiro sabe, vive e curte a queda galopante da inflação. Só a imprensa e os adversários do governo afirmam ao contrário.
O guru do presidente “esqueceu” que Jerome Powell, presidente do Fed, disse que veremos “em breve” o início de um processo de redução gradual das compras de ativos. Mas avaliou, porém, que uma elevação nos juros norte-americano seria “prematura”. Igualzinho no Brasil.
Paulo Guedes virou lambe-botas do presidente
Só para recordar, vejam algumas pérolas que selecioneis para retratar o insano ministro da Economia:
“Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vamos importar menos, fazer substituição de importações, turismo. (Era) todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada.” (12 fev 2020)
“As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Você não tem um meio ambiente limpo porque as soluções não são simples. São complexas.” 21 jan 2020)
“Desde quando o Brasil, para crescer, precisou da Argentina? 15 jan 2019
“Tchutchuca é a mãe, é a avó!” 15 abr 2019
No Brasil, ninguém estranha o aparecimento de médicos sem diploma, de pais de santo que não são pai e nem santo, de garimpeiros e criadores de gado comparados a índios e quilombolas por uma ministra.
A grande novidade é a dupla personalidade ativa: um cidadão (ou seriam dois?) que age como ministro e pensa que é presidente e aquele que age como presidente e pensa que é ministro.
Que tal uma vaquinha para comprar uma camisa de força. Ou duas?