As aparências enganam. Por exemplo, qual dos dois é mais confiável?
Tenho dormido e sonhado mal. Sei que ainda é cedo para avaliar os recados que estão sendo captados pelos desconfiômetros mais sensíveis. Pode ser o meu caso. Mas que os recados existem, existem. Por isso redigi esse “roteiro”.
Não acredito em coincidência e muito menos milagre na política. Seria o caso, por exemplo, de considerar e acreditar que de repente, não mais que de repente, os milicos eternos golpistas se recolheram aos quartéis e casernas depois do golpe frustrado de 8 de janeiro. Eu diria que estão se fingindo de mortos. Os generais (de pijama, claro!) Braga Neto e Augusto Heleno entre outros teriam caído em desgraça e lançados ao limbo. Não acredito em Papai Noel. Muito menos em março.
Tendo a achar que a extrema direita mudou de tática e estratégia. O confronto aberto e ostensivo foi colocado de lado diante do fiasco do ano passado. Ninguém é burro e muito menos cego. Os sinais apontam para um silencioso estrangulamento institucional. E cada dia mais acelerado. Porém, tudo na maciota. Foram aposentadas até as ofensas à Justiça. Inclusive ao “novo herói Xandão” trazido ao palco pela probidade golpista de Michel Temer.
Presidente Lula e os fiéis comandantes militares, Será?
Os sinais são outros. E já podem ser observados exatamente no campo institucional. Particularmente nas áreas do Legislativo e dos Executivos. No Congresso, é evidente o movimento de Artur Lira, o operador chefe. Dia sim e nos outros também ele (representando uma camuflada e silenciosa movimentação) reduz o espaço do governo federal. Assim como as recentes declarações do governador de São Paulo envolvendo a violência policial e a educação cívico-militar com a benção da santa aliança de SP/MG/RJ/GO e SC.
O oxigênio institucional está cada vez mais escasso. Qualquer movimento de Lula poderá ser interpretado como uma ameaça à ordem e à democracia e poderá desencadear um movimento de impeachment. Um filme conhecido e já testado. Se Lula pisar na bola poderá ser a próxima vítima, rápido e legalmente.
As “democráticas FFAA” que não interferiram nas apurações que envolvem altas patentes poderão argumentar que elas também não interferirão num movimento cívico e institucional de cunho político. Portanto, a solução ficaria por conta dos políticos. Os militares estariam na plateia e prontos “para pôr ordem na casa. Basta uma simples solicitação institucional. Que não seja do Executivo,
A mesa está posta. A entrada já foi servida. A vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas poderá ser o estopim (sobremesa?). E tudo sob o guarda-chuva do eterno Big Brother. Tomara que eu acorde logo desse pesadelo.