Por Marcos Limão e Paulo Lacerda

A política de economia do governo de Ortiz Júnior (PSDB) fez a administração municipal rescindir sete contratos de locações herdados do governo anterior. Um desses imóveis locados abrigava o Departamento de Trânsito, na Rua Eduardo José Pereira. Com isso, o departamento foi transferido para a Rua das Três Meninas, próximo à escola Jardim das Nações.

Desde então, os agentes de trânsito começaram a reclamar das condições de trabalho oferecidas pela administração municipal. “O lugar [novo] é grande, mas não tem infraestrutrura. Os maquinários, os carros e as motos ficam expostos ao sol e à chuva”, disse um agente que pediu para não se identificar. A reclamação conseguiu unir a classe.

Na sexta-feira, dia 22, eles divulgaram um comunicado apócrifo pelas ruas da cidade onde afirmam: “Nossa situação psicológica, motivadora e financeira, não está caminhando muito bem, e a cada dia repensamos se vale mesmo a pena continuarmos, pois os agentes que ainda estão atuando por Taubaté é porque ainda acreditam em tempos melhores. Se você acha que o trânsito em Taubaté está ruim, a situação dos seus agentes não está tão diferente”.

Além disso, relatam o salário menos do que o previsto em edital, a falta de efetivo para uma cidade do porte de Taubaté. Segundo o comunicado, a terra de Lobato tem 22 agentes de trânsito e 4 fiscais de transporte público. Enquanto isso, cidades como Pindamonhangaba e Caçapava têm, respectivamente, tem 40 e 50 agentes de trânsito.

Sindicato

Na sexta-feira, dia 22, o Sindicato dos Servidores Municipais um ofício para o Departamento de Trânsito requisitando melhorias de infraestrutura na nova sede dos agentes. De acordo com o presidente Augusto Nogueira, o local não oferece condições adequadas para os funcionários “Eles estão no meio do barro, não se pode tomar um banho num banheiro como aquele. Eles mal podem guardar suas roupas, pois os armários estão em péssimas condições”, informou.