A Casa São Francisco de Idosos de Taubaté comemorou, no dia 22 de março, 112 anos de existência e reuniu sua diretoria, colaboradores e os idosos assistidos para uma missa na capela da instituição.  

 

Juiz aposentado Luiz Roberto Ribeiro Bueno, tesoureiro da casa,Haroldo Ribeiro de Souza, diretor-executivo, Cida Coupe, advogada e diretora honorária, e o casal Wenceslau Vagner de Souza e sua esposa recepcionaram os convidados

 

Dois ilustres beneméritos que se destacaram no ano de 2013 foram homenageados com certificados de Honra ao Mérito: Osni Santos, comerciante, e Ronald Nascimento, coordenador do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera e seu grupo do estagiários que,  desde 2005,  trabalham no atendimento aos idosos da instituição.

Durante a missa, Padre Fausto rezou pela alma do ex-vereador Antonio Roberto Paolicchi, que foi um assíduo colaborador  e um batalhador para que  a instituição não tivesse o mesmo destino das Casa Pias.

Coronel Lamarque Monteiro, presidente, o farmacêutico Haroldo Ribeiro de Souza, diretor-executivo e o tesoureiro da casa, juiz aposentado Luiz Roberto Ribeiro Bueno, recepcionaram os amigos e colaboradores. O evento foi prestigiado também pela advogada Cida Coupe, diretora honorária da Instituição, o também advogado e empresário Wenceslau Vagner de Souza e sua esposa  e, representando o deputado Padre Afonso Lobato (PV),  o assistente parlamentar Maurício do Espírito Santo.

Toda a decoração, bolo e doces da festa foram oferecidos por Cida Frugoli e seu marido, decoradores voluntários da Casa São Francisco de Idosos.

 

Cida Coupe com um dos velhinhos assistidos

 

Prefeitura e benfeitores mantém o funcionamento da Casa

A Casa São Francisco de Idosos de Taubaté foi fundada em 23 de março de 1902, pelo engenheiro Fernando de Mattos, com o intuito de recolher e atender os mendigos, prover abrigo temporário ou permanente aos desvalidos da cidade e suprir suas necessidades básicas como alimentação e higiene pessoal. Seu primeiro nome foi Asilo de Mendigos. Algumas décadas mais tarde passou abrigar também idosos e passou a se chamar Casa de Velhos e Inválidos. Atualmente, como Casa São Francisco de Idosos de Taubaté, acolhe cerca de 100 idosos carentes com atendimento de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, cuidadores, corpo de voluntários, entre outros funcionários que se dedicam ao bom funcionamento da casa.

A Casa São Francisco de Idosos é mantida pela Prefeitura de Taubaté e contribuições de comerciantes e voluntários que se dedicam a essa nobre causa.

Como ajudar?

  • Financeiramente, como sócio contribuinte;
  • Doações em espécies: telefonar para se informar.
  • Doações para o bazar da pechincha;
  • Projeto Adote Um Vovô: informações diretamente com a Assistente Social da Instituição.

Mais informações pelo telefone (12) 3633-2777, de segunda a sexta-feira, das 8h:00 às 12h:00 e das 13h:00 às 15h:30.

 

Coronel Lamarque e Cida Frugoli com uma das velhinhas assistidas pela Casa São Francisco

 

Ministério Público X Velhinhos

Em sua edição 308 de março de 2007, CONTATO publicou matéria de capa intitulada Casa São Francisco pede socorro, assinada pelos repórteres Bruno Monteiro e Marcos Limão. Eis um trecho da reportagem:

Quem visita a Casa São Francisco tem um choque de humanismo e conscientização social. Ao andar pelos corredores da entidade e a cada quarto onde se encontram idosos, acometidos de derrames e outras doenças e envoltos em fraldas geriátricas, percebe-se que o fim da vida pode realmente ser trágico, triste e só.

O mais impressionante é o sorriso de cada idoso, ao ver um novo visitante. Só o fato de enxergar gente nova, um desconhecido, alguém que se dispõe a dar um abraço, um aperto de mão e trocar algumas palavras, os velhinhos parecem ganhar mais vida e mais disposição que refletem até mesmo nos mais acamados”.

A reportagem, segundo os diretores da época e em especial o saudoso Jairo Lopes, teve como resultado final um substancial aumento de contribuições materiais e financeiras. Porém, dias depois, um promotor de justiça compareceu pessoalmente à instituição se oferecendo para mover uma ação civil pública contra o jornal. Diante da recusa, o promotor enviou uma correspondência ao CONTATO com ameaças explícitas caso a houvesse outra matéria como aquela. Curiosamente, trata-se do mesmo promotor que deu um parecer favorável ao negócio que levou à expulsão dos velhinhos abrigados na Casas Pias.