Informe da Câmara Municipal, não desmentido pelos inquilinos do Palácio do Bom Conselho, mostra que a epidemia de dengue na terra de Lobato é uma realidade. Só não vê quem não quer. Ou então prefere dar uma de Pinóquio. Talvez seja essa razão do sumiço do prefeito Ortiz Júnior (PSDB), não tem como esconder o nariz que não para de crescer.
Vereador Digão (PSDB) visita hospital e leva o maior susto
O vereador Rodrigo Luis Silva “Digão” (PSDB) relatou visita ao hospital Policlin, uma das ações iniciais dos trabalhos da CEI (Comissão Especial de Inquérito) que investiga a epidemia de dengue, presidida por Luizinho da Farmácia (PROS).
Segundo o parlamentar, na primeira visita feita a um órgão de saúde, o “susto” foi grande, pois foram apresentados números que, se forem confirmados, “mostrará que Taubaté está em estado de calamidade pública há muito tempo”.
“Essa é a minha preocupação. Respingue em quem respingar, essa Comissão irá até o final, e vamos mostrar para a população a seriedade e o respeito desta Câmara, que tem compromisso com o taubateano.”
Digão afirmou que, se a administração municipal não zela pelo assunto, a Câmara irá fazer esse papel. “Isso eu tenho certeza, pela lisura e pelos componentes que integram essa CEI e pelos 19 vereadores desta Casa que têm respeito pela população.”
Para o vereador, com o trabalho da Comissão, dentro de um prazo curto, a população conhecerá quem está falando a verdade sobre os números da dengue. Exemplificou que, na estatística da Câmara, cinco dos 19 vereadores deste mandato tiveram dengue, “dando uma noção do que vem pela frente”.
Além da questão da dengue, ressaltou que não se pode aceitar mais um munícipe chegar à tribuna para reclamar da saúde no município, referindo-se ao relato da paciente que tem câncer, Cláudia Maria Lage, na tribuna livre. Moradora da região de divisa entre Tremembé e Taubaté, ela está sendo impedida de receber atendimento em Taubaté.
“Não podemos aceitar uma coisa dessas. Quantas vezes vínhamos de forma contundente aqui apontar o que estava acontecendo na saúde. Bilili [de Angelis, vereador] foi altamente criticado pela sua postura enérgica.”
Digão afirmou que, muitas vezes, ficava chateado por Bilili levar para o lado pessoal e não técnico as reclamações da área da saúde, mas reconheceu que, muito do que era falado está acontecendo, e os próprios vereadores não estão enxergando.
“Os munícipes estão vindo aqui apontar aquilo que apresentávamos no ano passado, um passado próximo, não faz muito tempo. A Câmara tem que começar a se posicionar nesse sentido. Não podemos deixar esses desmandos acontecerem na cidade”.
O parlamentar afirmou que o prefeito tem sua parcela de culpa e foi levado a ele o conhecimento das manifestações feitas pelos vereadores. “Por isso, atitudes devem ser tomadas, porque há coisas na saúde de Taubaté que não estão funcionando.”
Digão ressaltou que há contribuição dos vereadores quando, por exemplo, ele ligou para o programa de uma emissora local para questionar o secretário de Saúde, João Ebram Neto, que estava no programa. “A gente contribui – palavras do próprio secretário -, mas têm coisas que não dá para admitir. Eu me sensibilizo com a munícipe que usou a tribuna livre. Alguma atitude vai ser tomada pela Câmara, pode ter certeza disso.”