De repente, eis que dezenas de barracas surgem em todo o calçadão entre a catedral da praça dom Epaminondas e a rua Visconde do Rio Branco, no centro da terra de Lobato.
Tudo indica que se trata de uma ação combinada. Os comerciantes ali instalados iniciaram o dia sobressaltados com a quantidade de barracas camelôs em frente a seus estabelecimentos.
Haveria alguma relação com a cassação do prefeito Ortiz Júnior (PSDB) determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral na terça-feira, 04, mas cujo acórdão só chegou na segunda-feira, 10, para que a juíza Suely Zeraik de Oliveira Armani execute a sentença?
Recentemente, lideranças dos ambulantes tentaram, sem sucesso, realizar uma manifestação de protesto contra o governo tucano. Nem mesmo o apoio de “forças políticas” como as representadas pelo engenheiro Chico Oiring e pelos professores Fernando Borges e Silvio Prado (PSOL e APEOESP) conseguiram sensibilizar as massas que passavam em frente à catedral.
Hoje, porém, contando apenas com o apoio dos colegas e com a chegada do acórdão judicial para que o vereador Carlos Peixoto assuma provisoriamente o comando do poder Executivo, o resultado foi outro. Pelas fotos, pode-se observar as barracas que já estavam montadas por volta de 11h:00 no calçadão entre a rua Visconde do Rio Branco e a Praça Dom Epaminondas.
Procurados pela reportagem do Contato, os comerciantes não quiseram se pronunciar. Apenas comentaram que “parece que essa cidade está sem prefeito”. Mas garantiram que procuraram a ACIT – Associação Comercial e Industrial de Taubaté – e também o SINCOVAT – Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté que deverão tomar as providências necessárias.
A Assessoria de Comunicação da ACIT informou à reportagem que a presidente Sandra Teixeira encontrava-se na Secretaria de Serviços Públicos, órgão municipal encarregado da fiscalização de posturas, para solicitar as devidas providências. O Setor de Fiscalização de Posturas, por sua vez, informou que o secretário Alexandre Magno se encontrava em Jundiaí-SP participando de um seminário.
A assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que em razão de uma decisão judicial, obtida através de uma ação movida pela Defensoria Pública, garante aos camelôs o direito de instalar suas barracas na região central sem sofrer a ação dos fiscais da prefeitura.
E la nave va!