Na madrugada de quinta-feira, 04, uma fazenda do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica – localizada no km 154,5 da Estrada Velha Rio – São Paulo foi invadida por militantes do MST.
A terra sem lei é aqui e agora. Na Praça Dom Epaminondas, um trailer sem qualquer documentação invade a calçada para vender churrasquinho. A Prefeitura faz vista grossa, o Defensoria Pública intervém e “pobre” vendedor é autorizado a permanecer ilegalmente até o final do ano.
Na madrugada de quinta-feira, 04, uma fazenda do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica – localizada no km 154,5 da Estrada Velha Rio – São Paulo foi invadida por militantes do MST. Eles arrombaram o portão, tomaram conta da portaria e quem quiser entrar ou sair tem de pedir permissão para os comissários do Movimento. Chamada pelos funcionários, a Polícia Militar apenas registrou um BO e informou que é para não entrar em atrito com os invasores.
A fazenda é usada como base de apoio do órgão: desde depósito e manutenção de máquinas e equipamentos como centro de pesquisa.
Perguntados sobre o que fariam, os funcionários apenas responderam que aguardam ordens superiores.
Enquanto as autoridades nada informam, o MST informou à nossa reportagem que a ocupação daquela área foi determinada pelas lideranças do movimento, em virtude dos seis anos que aguardam por uma definição sobre esta área e do despejo recente em Lagoinha.
Jogo rápido com Suelen, liderança do MST
As famílias são as mesmas de Lagoinha?
Em parte são, mas outras famílias da região também estarão se integrando a essa ocupação. É um processo que já vem sendo estudado há algum tempo e a área aqui vai ficar sob administração do DAEE e também do MST até que o Instituto de Terras do Estado de São Paulo consiga definir a situação das terras que nós pretendemos utilizar como assentamento para os trabalhadores. Seria interessante que vocês fizessem contato com o ITESP em Taubaté para ter alguma resposta deles também.
Existe algum prazo definido para a permanência MST aqui?
Não. Nosso objetivo é acelerar o processo de liberação dessa área que não está cumprindo seu papel social. É uma área que atende nossos objetivos de assentar as famílias de trabalhadores e os órgãos do governo estão demorando muito para resolver a situação. Nós não queremos toda a área aqui. É apenas parte da área que está ociosa e essa área é a que estamos pleiteando. Essa área já foi vistoriada pelo ITESP e só falta definir a liberação para o assentamento.