Moradores do entorno da praça 8 de Maio foram acordados hoje, terça-feira, 31, às 07h da manhã, sob o barulho de máquinas, caminhões e motosserras; equipes da Prefeitura iniciavam o corte de 13 árvores da espécie conhecida como Resedá (Lagerstroemia Ìndica)
Treze árvores da espécie “Resedá” estavam no corredor da morte hoje de manhã. Elas seriam executadas logo ao amanhecer sem a menor chance de defesa e de um último desejo.
Imediatamente, os moradores se mobilizaram e enquanto um deles se abraçava a uma das árvores que ia ser cortada, outros efetuavam ligações e enviavam mensagens via wathsapp e sms denunciando o crime ambiental anunciado. Usavam todos os meios para impedir o que consideram mais um absurdo dentre tantos que ocorrem ultimamente na terra de Lobato.
Mas as autoridades não chegavam a um acordo. Os manifestantes decidiram, então, fechar o trânsito já conturbado da rua Doutor Emílio Winther, O ato provocou um grande congestionamento na região durante o período da manhã. Agentes de trânsito que estavam no local convenceram os manifestantes a manter pelo menos uma faixa liberada para o tráfego de veículos.
Membros do Movimento Preserva Taubaté também se deslocaram para o local e se revezavam nas tentativas de entrar em contato com vereadores, com a secretaria de Meio Ambiente ou outras autoridades que pudessem interferir e interromper os trabalhos.
Finalmente chegou a determinação que todos esperavam. As árvores não seriam cortadas, mas removidas para a praça 8 de Maio. As autoridades assumiram o compromisso de que todas as espécies serão replantadas na própria praça 8 de Maio. Inclusive a primeira que foi cortada, que, segundo os técnicos, ainda será possível replantá-la e vê-la brotar novamente.
Os moradores estavam enfurecidos porque no projeto das medidas para melhorar o trânsito não constava o corte dessas árvores. Essa medida só teria sido tomada porque a mudança dos pontos de ônibus não foi bem analisada e a secretaria de Mobilidade urbana não sabe o que fazer com os pontos de ônibus.
Os moradores também se mostram preocupados com a sobrevida das árvores replantadas. Uma senhora que não quis se identificar criticava os trabalhos: “Estas árvores foram plantadas aqui no ano de 1999 ou 2000. E agora foram simplesmente arrancadas do local onde estavam e depois abriram um buraco onde as colocaram. Será que vão resistir?”
Os trabalhos executados pela Prefeitura foram coordenados pela engenheira agrônoma Andressa, da Área de Podas e Arborização da Secretaria de Serviços Públicos, e o Engenheiro Fernando Katayama da Secretaria de Obras.