O que a presidente Dilma (PT) e o prefeito Ortiz Jr (PSDB) têm em comum? Tia Anastácia responde: “Os dois vivem a mesma fantasia de que estão fazendo um governo politicamente maravilhoso e só o povo, um eterno cego, não vê”
Dificilmente alguém encontrará algum chefe do Executivo de qualquer esfera do poder com senso crítico capaz de admitir que seu governo não vai bem. Nesse quesito, mais uma vez a terra de Lobato se iguala a Brasília. CONTATO selecionou alguns exemplos para comprovar a cegueira e a inoperância do Palácio do Bom Conselho (qualquer semelhança com o Palácio do Planalto não é mera coincidência) diante de situações cujas soluções dependem única e exclusivamente dos inquilinos palacianos
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Pegadinha é uma indústria de multa
Diariamente dezenas de veículos são multados, alguns até guinchados, na praça Monsenhor Silva Barros. Comerciantes e profissionais autônomos questionam a sinalização do local e também a atitude de agentes de trânsito.
Um empresário com escritório na praça Monsenhor Silva Barros (Bosque ou praça da Eletro, depende da idade de cada um), cansado de reclamar, procurou nossa reportagem para relatar um problema que enfrenta diariamente.
Quem procura aquela região onde está localizada a ACIT – Associação Comercial de Taubaté, cartórios, consultórios médicos, imobiliárias, entre outros, é um forte candidato a entrar na estatística das vítimas de uma pegadinha que pode ser uma verdadeira fábrica de multas.
O motorista que contornar a praça, passando por trás do Fórum Criminal, ao entrar na rua Visconde do Rio Branco em busca de uma vaga para seu veículo dificilmente verá uma placa mal localizada proibindo estacionar na faixa amarela praticamente invisível por falta de pintura.
Os agentes de trânsito não permanecem na praça e só comparecem a cada meia ou uma hora para lavrar os autos de infração e checar se os veículos multados já deram lugar para novas vítimas. Essa situação ocorre diariamente já há muito tempo. Segundo o empresário já foram feitas reclamações aos agentes do Trânsito e para a Secretaria de Mobilidade Urbana e até agora nada foi feito.
Na sexta-feira, 24, CONTATO registrou o guinchamento de um carro, cujo proprietário que não quis se identificar. Ele estava em um cartório e ao retornar para seguir viagem para São Paulo encontrou seu carro já sobre o guincho. O agente informou que para liberar o veículo removido bastaria o proprietário comparecer na Secretaria de Mobilidade Urbana para apresentar os documentos e o recolhimento das taxas relativas ao serviço de guincho e estadia no pátio conveniado.
Sobre outros veículos estacionados próximos ao que havia sido guinchado, o agente informou que embora a faixa de sinalização existisse naquele local o estacionamento é permitido.
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A nova Rodoviária Nova
Terminal de passageiros permanece interditado desde o início de fevereiro e deverá continuar funcionando em uma tenda
Continua a novela do terminal rodoviário interurbano de Taubaté, interditado desde 03 de fevereiro devido ao desabamento de uma telha prismática de concreto. Em março, depois de muitas idas e vindas, o secretário de Serviços Públicos, Alexandre Magno, informou que a empresa Falcão Bauer Engenharia fora contratada para vistoriar o prédio e emitir um laudo conclusivo sobre a situação do terminal rodoviário.
No dia 08 de abril, a Prefeitura publicou um despacho do Prefeito revogando um processo de licitação cujo objetivo era a contratação de empresa para locação de contêineres e de uma cobertura para o terminal rodoviário provisório.
A assessoria do Gabinete informou ao CONTATO que o prefeito faria contratação emergencial de uma empresa para executar os serviços previstos no processo licitatório cancelado.
Na quarta-feira, 27, a Prefeitura enviou uma “Nota Oficial sobre a Rodoviária Nova” informando “que no início de março a empresa especializada, contratada pela administração, realizou inspeção técnica preliminar na estrutura da cobertura do Terminal Rodoviário (…) constatou focos de corrosão e algumas fissuras nas telhas prismáticas de concreto podendo oferecer risco, como exemplo a telha que desabou (…) Uma tenda foi instalada para proteger os usuários da chuva e do sol. Dois banheiros, com sete divisórias cada, já se encontram em funcionamento (e) prevê a conclusão da parte de logística e de informática até o final da próxima semana para que todas as empresas sejam definitivamente remanejadas, desocupando completamente o terminal”.
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O perigo mora nos prédios abandonados
Na edição passada http://www.jornalcontato.com.br/686/JC686.pdf a reportagem “Cidade Abandonada e Sem Lei” abordou o prédio destelhado, abandonado e sem nenhuma providência na rua Marquês do Herval nº 544; além desse, existem outros, inclusive locais públicos que representam riscos, haja visto os casos de dengue que já ultrapassam os mil casos em 2015.
Rodoviária Nova: O prédio interditado da Rodoviária Nova tem até mato crescendo no telhado e foi chamado de “jardim suspenso de Taubaté” pelo vereador Noilton Ramos (PSD). Ele está há quase três meses interditado pela Defesa Civil, mas continua sendo utilizado diariamente por pessoas que correm riscos apontados pela Defesa Civil.
O responsável desse órgão, Marcus Ortiz Querido, informou à nossa reportagem que, desde que foi vistoriado depois do desabamento de uma telha, o local encontra-se interditado e a responsabilidade pela continuação do seu uso cabe à Secretaria de Serviços Públicos.
O prédio da Rodoviária Nova funcionava sem vistoria do Corpo de Bombeiros desde 2004, portanto, há mais de dez anos, conforme informou a reportagem do CONTATO “Nunca teve manutenção, que eu saiba” http://www.jornalcontato.com.br/678/JC678.pdf
Prédio público na vila São José: um prédio público onde funcionava uma creche foi interditado pela Defesa Civil em outubro de 2010 e permanece sem condições de uso. Porém, recentemente foi objeto de uma nova interdição, desta vez por parte vez por parte do Ministério do Trabalho.
O local ainda permanece na mesma situação anterior, com lixo acumulado causando preocupação a pessoas que transitam pelo local. Mais informações na reportagem “Prefeitura utiliza prédio interditado por falta de segurança”.
Prédio abandonado também na Vila São José: nas proximidades de um complexo de unidades de ensino, uma obra por terminar permanece sem nenhuma placa que identifique o responsável pela obra. Segundo informações de moradores da região, trata-se de uma obra da Prefeitura Municipal que estaria há mais de um ano totalmente parada.
No cadastro imobiliário da Prefeitura consta que o terreno pertence à municipalidade, mas não ninguém soube informar sobre a obra no local. O prédio está localizado na continuação da rua Geraldo Bona, onde se localizam diversas unidades de ensino da região. Em março de 2015, ali foi inaugurada a Creche Municipal Maria Mirian de Almeida – Irmã Bernadete. Desde essa data essa obra continua parada e abandonada.
Mais um na Vila São José: no final da rua Luiz Vaz de Toledo Piza s/nº esquina com o Largo da Inconfidência, atrás da UBS – Vila São José, um prédio com pelo menos quatro pavimentos já construídos, há cerca de dez anos tem sido usado como ponto de encontro de usuários de drogas e foco de criação de mosquitos.
No seu entorno, todos os moradores já tiveram dengue nos últimos dois anos. Há algum tempo um cavalo caiu e morreu em um buraco que seria o poço do elevador. Depois disso, os moradores da região teriam aterrado o fosso para evitar outros acidentes.
Segundo informações de José Roberto Justo, empresário da região, o local pertence a Cooperativa Terceiro Milênio, composta por militares do Exército Brasileiro e presidida por Marcos Dias de Souza. Esta cooperativa entrou em processo de falência em 2001 e desde então a construção está parada abandonada
Rua Marquês do Herval nº 540, um casarão abandonado, sem telhado, com paredes ameaçando ruir e acumulando lixo e todo tipo de sujeira foi objeto de nssa reportagem na edição passada www.jornalcontato.com.br/686/JC686.pdf
Vila Santo Aleixo: localizado na praça Santa Terezinha, esse é outro que pode ser incluído nesta lista de prédios que se encontram em péssimas condições e podem causar problemas para a vizinhança. É uma clara demonstração de como não funciona a administração pública da cidade e de sua falta de respeito e cuidado com o patrimônio histórico. Na sua edição 678, CONTATO publicou uma reportagem sobre a situação da Vila Santo Aleixo. Confira em http://www.jornalcontato.com.br/678/JC678.pdf
Não será por falta de aviso que a Prefeitura poderá usar como justificativa para não fazer nada.