A China jantou em silêncio as big techs pelas bordas
Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025, entrou para a história como o dia em que o império foi desnudado. De repente, não mais que de repente, as chamadas big techs “perderam cerca de US$ 1 trilhão. Isso mesmo, UM TRILHÃO DE DÓLARES!! A imprensa complementava: “A PREÇO DE MERCADO”. Traduzindo: não perderam nada. As ações dessas empresas é que se desvalorizaram, E o mundo tomou conhecimento da selvagem acumulação de capital em diferentes tipos de papel.
O que aconteceu? Simples: os chineses lançaram nesse dia uma nova versão de Inteligência Artificial (IA) quase tão eficiente quanto as norte-americanas por menos de 10% do valor empregado para sua produção. Além disso, os chineses empregaram tecnologias consideradas “velhas, antigas” porque os EUA queriam impedir que os seguidores de Xi Jinping tivessem acesso a IA. Ou seja, um carro montado em uma oficina de ferro velho entrou na disputa da corrida de Fórmula 1. Tudo isso na primeira semana do governo Trump que no dia da posse havia anunciado que disponibilizaria 500 bilhões de dólares ao longo dos seus 4 anos de governo.
O enigmático XI Jinping comeu as bjg techs pelas bordas
O velho Karl Marx desvendou o método desenvolvido e praticado pelas primeiras indústrias que detinham a propriedade e o controle da acumulação de capital. A incipiente tecnologia já trazia em seu útero as leis que regeriam o modo capitalista de produção. O filósofo alemão sintetizou o processo em O Capital, sua principal obra. Da acumulação primitiva aos primeiros complexos industriais devidamente acoplados ao capital financeiro dos grandes bancos.
Parece que foi ontem o processo que começou a ser formatado no século 18. Com o passar do tempo, as leis gerais foram se adaptando aos novos tempos. Foram consolidadas as alianças entre os proprietários das diferentes formas de capital: terra, máquinas, bancos e o próprio conhecimento em si. O valor de troca que teve “apareceu” quando um ser primitivo trocou um cacho de banana por uma melancia ou uma espiga de milho. A moeda – pedras, conchas, até o ouro, o dólar ou um simples papel ou pior um simples clique no computador – tomou conta de corações e mentes.
O chamado “homem mais rico do planeta Terra” anunciou que vai colonizar Marte, a começar pela Lua, e dançou como um ator circense para comemorar a vitória de Trump exibindo gestos nazifascistas para todo o mundo.
Porém, enquanto ele dançava, os chineses o jantavam silenciosamente pelas bordas. Finda a primeira semana de Casa Branca, os orientais, sem qualquer aviso prévio, anunciam, exibem e distribuem gratuitamente (seria preço de banana?), um brinquedinho que era guardado a sete chaves. Imagino o tamanho da ressaca daquele neto de imigrantes – pai alemão e mãe escocesa – casado com uma imigrante eslovena que ganhava a vida nas passarelas.
Trump em sua primeira semana dá sua contribuição para a criação de um novo mundo: permitiu que a China exibisse para o planeta que o império se sustenta em muletas de vento. E que a esperança ainda existe. Saravá!!
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