Cerca de 200 pessoas compareceram à convenção partidária, realizada na manhã deste domingo, dia 24, para referendar a candidatura a prefeito de Taubaté do deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV). A coligação está formada pelos partidos PV, PR, PSL, PT do B e PPL.
Sem citar nominalmente o candidato do PSDB, os discursos dos presentes estavam recheados de críticas a Ortiz Júnior. O presidente do PPL, Renan Santana, declarou que almeja uma cidade “livre da mesmice administrativa, livre de qualquer oligarquia familiar. Prefeitura não pode e não vai ser objeto de herança. Padre Afonso é o único que representa a renovação no cenário político. Será uma campanha de enfrentamento aos barões do dinheiro sujo da corrupção”.
Já o vereador Jeferson Campos (PV) afirmou que “a eleição marca o seguinte: a vanguarda do atraso contra a renovação do povo com Padre Afonso. É essa a discussão. Não podemos fazer campanha na indústria do boato. A campanha nossa é o tostão contra o milhão. Vamos fazer um governo municipal que não vai perseguir”.
Em determinado momento, Padre Afonso citou nominalmente o PSDB ao dizer “estamos exprimidos pela máquina do governo [estadual] através da FDE injeta dinheiro na campanha do PSDB”. Em outro momento, disse: “o que está em jogo novamente é o poder do dinheiro contra o poder do convencimento”.
O candidato do PV também afirmou que “a religião e a política não caminham separadas” e que “se tivesse [levado] alguma vantagem pessoal [com a política] eu não teria coragem de subir ao altar e celebrar uma missa”. Mais adiante relatou uma espécie de chamamento divino para ser candidato a prefeito por causa da crise vivida no município. “Não dá para ficar só na igreja feliz enquanto o povo está morrendo no Pronto Socorro e fumando crack”.
O candidato do PV ainda não dispõe de um vice-prefeito. Mas o cenário político pode mudar nesta última semana de junho. Durante o seu discurso, Padre Afonso repetiu duas vezes que estará reunido com os vereadores Antônio Mário (PSD) e Pollyana Gama (PPS), na quinta-feira, dia 28, para conversar sobre uma possível coligação entre os partidos já para o primeiro turno da eleição. O único problema é que ninguém abre mão de ser candidato a prefeito. Caso contrário, se alguém recuar para dar espaço ao outro, a coligação PV/PSD/PPS tem força suficiente para ascender à luz amarela das campanhas adversárias.
OUTROS LANCES – Fernando Gigli era chefe de gabinete do prefeito Roberto Peixoto (PMDB). Caiu em desgraça com o Palácio Bom Conselho e fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público e a Polícia Federal para denunciar os esquemas de desvio de dinheiro público. Hoje, ele é o coordenador regional do PT do B. Gigli fez questão que CONTATO registrasse a sua declaração: “Quanto mais eu conheço os homens mais eu gosto do meu cachorro”.