Por Marcos Limão
Está agendado para o dia 7 de novembro, às 15h, o depoimento da ex-reitora Maria Lucila Junqueira Barbosa. Sua temerária gestão (2006/2010) é o principal foco da CPI, haja vista o rombo de aproximadamente R$ 50 milhões nas finanças da UNITAU no final de mandato. Como condição para comparecer à CPI, a ex-reitora exigiu que seu relato não fosse acompanhado pela imprensa. Também será colhido o depoimento de Marisa de Moura Marques, pró-reitora de Economia e Finanças na gestão da ex-reitora.
Assim que assumiu o cargo, em 2006, Lucila designou João Irineu Marques, marido da então pró-reitora de Economia e Finanças, para o cargo Chefe da Procuradoria Jurídica da UNITAU. Em vista disso, o Ministério Público ingressou com ação judicial e conseguiu a condenação deles, Lucila e João Irineu, por improbidade administrativa, pois o cargo deveria ser ocupado mediante concurso público e o advogado não pertencia ao quadro de funcionários. João Irineu Marques foi procurado pela reportagem, mas não quis se manifestar.
Presidente da CPI da UNITAU, vereador Douglas Carbonne (PC do B) pediu o afastamento de todos os funcionários do setor de Compras e a demissão do atual pró-reitor de Economia e Finanças, Luciano Marcondes. “O setor de Compras está viciado. Temos que estancar a hemorragia antes que o paciente [a UNITAU] morra”, afirmou o parlamentar.
Segundo Carbonne, a CPI conseguiu a comprovação de que há dois anos a UNITAU faz compras sem licitação de materiais de papelaria junto a uma empresa que pertenceria ao marido de uma das funcionárias do setor de Compras. O pedido de demissão de Luciano Marcondes foi justificado pelo fato dele ser o ordenador de despesa na UNITAU.
Os vereadores também questionam a presença da Márcia Regina Rosa no setor de Compras, que ingressou na UNITAU por meio de concurso público para o cargo de servente e foi designada para o setor de Compras pela então reitora Maria Lucila. “O professor José Rui [atual reitor] disse que vai analisar [a proposta de demissões] e vai tomar as medidas se tiver provas. Qual o critério para nomear a Márcia para o setor de Compras? Parece que houve nomeações específicas. Queremos descobrir com qual objetivo”, declarou Carbonne.