Astro é um corpo celeste luminoso por si mesmo ou que recebe claridade de outro. De forma simplificada, podemos dizer que um astro ou é um planeta ou é uma estrela.
Já os planetoides são planetas menores (pequenos planetas). Existem também no espaço os Asteroides que são corpos rochosos e metálicos que possuem órbita definida ao redor do Sol. Fazem parte dos menores objetos do sistema solar, possuindo, geralmente, apenas algumas centenas de quilômetros. Os asteroides estão concentrados em uma órbita cuja distância média do Sol é em torno de 2,1 a 3,2 unidades astronômicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Esta região é conhecida como Cinturão de Asteroides, uma fonte de pequenos corpos.
Os meteoros, por sua vez, são fragmentos de materiais que vagueiam pelo espaço e que, segundo a Organização Internacional de Meteoros, possuem dimensões significativamente menores que um asteroide.
A diferença entre planeta e estrela é basicamente a grandeza da massa.
Via de regra, os corpos que são 100 vezes menores do que o Sol são chamados de planetas. Os que são até 100 vezes maiores são estrelas. Uma estrela é uma grande e luminosa bola de plasma, mantida íntegra pela gravidade e pela pressão de radiação.
Ao fim de sua vida, uma estrela pode conter também uma proporção de matéria degenerada. A mais próxima da Terra é o Sol, fonte da maior parte da energia do planeta. Outras estrelas são visíveis da Terra durante a noite, quando não são ofuscadas pela luz do Sol ou bloqueadas por fenômenos atmosféricos. Historicamente, as estrelas mais importantes da esfera celeste foram agrupadas em constelações e asterismos, e as estrelas mais brilhantes ganharam nomes próprios.
Extensos catálogos de estrelas foram compostos pelos astrônomos, o que permite a existência de designações padronizadas.
Pelo menos durante uma parte da sua vida, uma estrela brilha devido à fusão nuclear do hidrogênio no seu núcleo, liberando energia que atravessa o interior da estrela e irradia para o espaço sideral. Quase todos os elementos que ocorrem na natureza mais pesados que o hélio foram criados por estrelas, pela nucleossíntese estelar durante as suas vidas . Os astrônomos podem determinar a massa, idade, composição química e muitas outras propriedades de uma estrela observando o seu espectro, luminosidade e movimento no espaço. A massa total de uma estrela é o principal determinante da sua evolução e possível destino. Outras características de uma estrela são determinadas pela história da sua evolução, inclusive o diâmetro, rotação, movimento e temperatura.
Como já dissemos, as estrelas brilham porque possuem uma “fornalha atômica” no seu núcleo, ou seja, um processo de fusão nuclear dos átomos existentes em seu corpo e, assim, há a emissão de luz.
Os corpos pequenos esfriam, tornando-se planetas. As nebulosas são aglomerações de matéria interestelar que, muitas vezes, após longos processos de condensação gravitacionais, produzem diversas estrelas. De fato, constituem-se em berçários de estrelas.
Uma estrela, com massa muito grande, no fim de sua vida fatalmente explodirá, O exemplo mais famoso é a Nebulosa do Caranguejo, que é o resto da supernova que explodiu em 1054.
A morte de uma estrela
Estrelas nascem vivem e morrem. Explodir é uma das maneiras de morrer das estrelas.
Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas com mais de 10 massas solares, aproximadamente.
Esse fenômeno, Supernova, é capaz de produzir objetos extremamente brilhantes, cujos brilhos declinam rapidamente até se tornarem invisíveis depois de algumas semanas ou meses. Por outro lado, em apenas alguns dias, o seu brilho pode intensificar-se em um bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia. A explosão de uma Supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. Se o núcleo remanescente da estrela tiver uma massa superior a 1,5 massa solar, então o resultado será um objeto com aproximadamente 15 km de diâmetro e extremamente denso, conhecido como estrela de nêutrons ou pulsar. Mas, quando a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, a estrela continua a se colapsar, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como buraco negro, cuja velocidade de escape é maior do que a velocidade da luz.
Em 2016, foi descoberta uma Supernova 20 vezes mais brilhante do que a luz combinada de 100 bilhões de estrelas da Via Láctea.
O que leva uma estrela a morrer é a falta de combustível (matéria suficiente ) para a manutenção do processo de fusão atômica no núcleo estelar. A ausência do processo de fusão faz com que o corpo maciço de uma estrela se parta.
As camadas exteriores são então ejetadas com grande violência, num último rugido do astro moribundo.
O que sobra inicia um processo igualmente violento de implosão, impelido pela hercúlea força gravitacional gerada pela massa remanescente. A densidade atinge nível crítico e o raio da estrela diminui até que a gravidade na superfície fique tão intensa que nem a luz, a coisa mais veloz que existe, pode escapar. A estrela encolhe em um tamanho diminuto, tornando-se um buraco negro.
O início do colapso é imediatamente acompanhado por um intenso disparo de radiação eletromagnética e por uma onda de choque gerada pela matéria expelida. Os átomos seriam gradativamente desacelerados pela própria gravidade do corpo central, que, embora minúsculo, continua influenciando localmente o espaço-tempo.
Posteriormente, esse material será agregado a uma nebulosa, onde se tornará matéria-prima para formar novas estrelas. Já a radiação, que por um instante fez da estrela decadente objeto mais brilhante, não encontrará freios. Galopando pelo cosmos num ritmo de 300 mil quilômetros por segundo (o limite máximo de velocidade estabelecido pelas leis da física), esses raios de luz intensos, energéticos e invisíveis atingirão a Terra em cerca de 10.000 anos. Banharão todo o hemisfério Sul com a poderosa radiação. As conseqüências serão imprevisíveis, mas poderão incluir um aquecimento da alta atmosfera e mutações letais em seres vivos na superfície. Seja lá o que vier boa coisa não será.
por Antônio Marmo de Oliveira, antonio_m@uol.com.br