Defesa que presidente faz da cloroquina e de outros medicamentos tem sido um dos temas principais da comissão
Sob pressão da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro recomendou a membros da comissão que criticam o uso de remédios sem eficácia contra o novo coronavírus que “não encham o saco”. A defesa que Bolsonaro fez desses medicamentos, contrariando as principais evidências científicas, tem sido um dos temas principais da CPI.
Em publicação em sua conta no Facebook, endereçada aos “inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce”, Bolsonaro afirmou que existem três tipos de médicos: os que receitam a cloroquina, os que receitam a ivermectina e os que orientam os infectados com a Covid-19 a só procurarem um hospital quando sentirem falta de ar.
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“Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?”, conclui o presidente.
Na CPI, os ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich apontaram a defesa da cloroquina como uma das principais divergências com Bolsonaro. Já o atual ministro, Marcelo Queiroga, evitou se posicionar sobre o tema.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que tanto a hidroxicloroquina (substância derivada da cloroquina) como a ivermectina não sejam utilizadas contra a Covid-19.
Recentemente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) voltou a ganhar protagonismo na estratégia de comunicação do governo. Carlos aconselhou o presidente a partir para o confronto que agrada à militância ideológica e ajuda a desviar o foco dos problemas do governo.