Por Paulo Lacerda
Foto divulgação
Na manhã de sábado, dia 18, durante o curso de formação continuada, que é fornecido pela Prefeitura de Taubaté para os professores da rede municipal, o prefeito Ortiz Júnior (PSDB) compareceu ao evento para realizar uma conversa com a classe, visando estreitar seu relacionamento com o funcionalismo público.
A reunião aconteceu no SEDES (Sistema Educacional de Desenvolvimento Social) e contou com cerca de 350 professores. A secretária de Educação Edna Chamon também esteve presente.
Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, a formação continuada promoveu interação entre os professores que já lecionam há certo tempo na rede, com a nova leva de professores que ingressaram por meio do último concurso público.
O prefeito ficou no centro da quadra, onde foi realizada a reunião, enquanto os docentes permaneceram nas arquibancadas, podendo fazer perguntas e pedir esclarecimentos.
De acordo com Fabrício Peres, professor da rede municipal, que presenciou a reunião, um dos principais temas abordados foram as licenças não concedidas aos funcionários que estão com problemas de saúde, negadas por um médico que não é especialista. O prefeito, segundo o professor, afirmou desconhecer a situação e que vai procurar averiguar o caso.
Outro tema pautado foi acerca do reajuste para os professores. Ortiz Júnior (PSDB) pretende oferecer o reajuste, mas disse que não conseguirá até o mês de maio, que é a data base. O reajuste deve vir a partir de Julho, sem, contudo, entrar no mérito do valor do reajuste. Os professores reivindicam reajuste de cerca de 16%.
Plano de carreira
A respeito do plano de carreira, conforme apurou o CONTATO, a classe se mostrou descontente com a maneira com que foi formada a comissão que discute o caso, cuja formação é: sete integrantes, dois são professores municipais, três supervisores e dois professores da UNITAU, que teriam sido escolhidos pelo poder público. O prefeito disse que a comissão terá até o mês de novembro de 2013 para encaminhar o projeto com o plano de carreira à Câmara Municipal de Taubaté, e que considerará o trabalho elaborado pela antiga comissão. “Eles vão considerar. Mas até que ponto?” questionou Peres, então presidente da antiga comissão.
Presidente da Comissão de Educação da Câmara, a vereadora e professora Pollyana Gama (PPS) optou por não comparecer à reunião para que não houvesse qualquer tipo de intervenção no diálogo pelo fato dela ter mandato eletivo. A ela, professores também reclamaram da maneira como a nova comissão fora constituída.
Lei do Piso salarial
Sobre a Lei do Piso salarial – que prevê uma redução na jornada de trabalho dentro da sala de aula para professores, sem ocorrer diminuição também esteve no centro dos debates – o prefeito afirmou que só conseguirá implantar a lei em Taubaté no ano que vem, alegando que houve falta de planejamento na gestão anterior.
De uma forma geral a reunião foi bem vista pelos professores, até porque nunca havia sido feito algo do tipo. Todavia, eles disseram que a reunião ofereceu apenas pareceres sobre questões extremamente pertinentes à classe e não decisões concretas.