Secretário de Serviços Públicos, Alexandre Magno confessa que desde que foi inaugurada em abril de 1982 o terminal rodoviário de passageiros, mais conhecido como Rodoviária Nova, nunca passou por qualquer processo de manutenção; resultado, queda de uma telha prismática em concreto protendido provocou interdição total das instalações por falta de segurança, prejudicando usuários e comerciantes
Na noite de 02 de fevereiro, trabalhadores do terminal rodoviário passaram por um grande susto. Um calhetão, telha prismática em concreto protendido com cerca 25 metros de comprimento, desabou em um dos corredores de acesso à área de embarque.
Imediatamente a Defesa Civil foi acionada pela guarnição do Corpo de Bombeiros que compareceu ao local, juntamente com agentes da Guarda Municipal que acionaram a secretaria de Segurança da Prefeitura Municipal. Começava ali o drama dos comerciantes permissionários que trabalham no Terminal denominado de Rodoviária Nova de Taubaté, que até hoje, 23 de fevereiro, portanto vinte dias após o episódio, não têm uma definição sobre a situação de seus comércios.
Wiliam Lee, presidente da Associação dos Comerciantes da Rodoviária, reclama da indefinição e da indecisão do administrador da rodoviária, Maurici Xavier de França, que não define como vai funcionar o terminal e como os comerciantes vão exercer suas atividades.
Alexandre Magno, titular da secretaria de Serviços Públicos – SESEP, que se encontra na fase final a contratação de uma empresa para a execução das obras necessárias para que o terminal volte a operar normalmente. O secretário torce para que as obras estejam concluídas em 10 ou 15 dias. Nossa reportagem não encontrou ninguém que acreditasse nesse prazo.
Enquanto isso, a Defesa Civil sinalizou nos corredores, plataformas de embarque, e na área externa com cartazes sobre os perigos de riscos aos usuários.
O administrador do Terminal divulgou um comunicado entre os comerciantes, que conforme vistoria da Defesa Civil, nº 283/2015, foi decretada a interdição do prédio a partir de 00h00 de segunda feira. O comunicado não é datado e não informa o número do decreto de interdição. Contatado por nossa reportagem, Murici informou que apenas a SESEP poderia dar maiores detalhes.
Perguntado sobre as condições em que esse embarque e desembarque seria feito, principalmente em caso de chuva, fomos informados de que o pessoal da Secretaria está providenciando uma cobertura para os usuários permanecerem e estavam também verificando a cessão pelo CAVEX – Comando de Aviação do Exercito, de algumas tendas que seriam utilizadas pelos comerciantes.
As instalações elétricas para o funcionamento de um terminal de emergência também estariam sendo providenciadas. Porém, uma rápida vistoria pelo local nossa reportagem constatou que o Terminal funciona sem equipamentos de segurança contra incêndio. Além disso, o local não cumpre as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros, previstas em legislação estadual, e está com o AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros vencido desde 01 de abril de 2004. Portanto, o terminal funciona irregularmente.
Mas não para por aí: os extintores estão em péssimas condições, sem sinalização, vencidos e descarregados; os abrigos de mangueiras estão vazios, ou seja, sem as mangueiras e sem esguichos, mangueira sem conexões para acoplar ao hidrante ou ao esguicho por ter sido cortada e estar sem juntas de engate rápido utilizadas para conexão.
E, segundo informações de trabalhadores do local, o sistema de hidrantes também não tem condições de funcionamento.
O secretário Alexandre Magno informou que só recentemente o terminal foi incorporado à SESEP porque ele estava vinculado à secretaria da Cultura. Porque? Ninguém sabe.