Para comemorar os 70 anos do autor e compositor, a Sony Music reeditou uma coleção de discos gravados pela antiga RCA no período entre 1978 a 1982.
Renato Teixeira comemorou seus 70 anos na quarta-feira, 27, no melhor boteco de Taubaté, o Barril do Zé Bigode.No domingo, fez questão de comparecer ao Joaquinzão para torcer pelo Burrão que derrotou a Votuporanguense por 4 X 0 sob uma chuva infernal. E para pôr mais pilha nos festejos pelo aniversário do cantor, compositor, cidadão taubateano e portador da Comenda Jacques Félix , o departamento de marketing estratégico da gravadora Sony Music produziu – sob o comando de Hugo Pereira Nunes – a coleção Renato Teixeira – Obra completa na RCA de 1978 a 1982, que traz reedições remasterizadas (por Luigi Hoffer e Carlos Savalla) dos cinco álbuns lançados pelo artista na gravadora RCA entre 1978 e 1982.
Garapa (1980), Uma doce canção (1981) e Um brasileiro errante (1982) eram títulos até então inéditos no formato de CD. Romaria (1978) e Amora (1979) já tinham sido reeditados em CD. Amora volta ao catálogo com três faixas-bônus.
Sua música Romaria gravada por Elis Regina em 1977, a partir da qual seu nome passou a ser conhecido nacionalmente, Renato Teixeira só a gravou no ano seguinte, embora tenha iniciado sua carreira na música popular brasileira no emblemático festival da Record, de 1967, quando Gal Costa defendeu sua Dadá Maria, e no ano seguinte, teve uma canção incluída no álbum O inimitável, de Roberto Carlos (A madrasta, em parceria com Beto Ruschel).
Além da gravação original de Frete (Renato Teixeira, 1979), tal como feita pelo cantor para a abertura da série Carga pesada (TV Globo, 1979), Amora apresenta a gravação (feita na época) de música que permaneceu inédita em disco, Murro n’água (Renato Teixeira, 1979), e recupera Minha triste casa grande (Renato Teixeira 1979), música lançada em 1979, somente como lado B do compacto Cavalo bravo (Renato Teixeira, 1979).
A reedição de Garapa também vem turbinada com repertório adicional. Trata-se da inédita gravação original de Terumi (Renato Teixeira, 1980), música que somente seria incluída pelo artista em sua discografia oficial no álbum Renato Teixeira, editado em 1986, sem repercussão, pela extinta gravadora 3M.
A coleção foi lançada pela Sony em maio e a caixa embala os discos em miniaturas das capas das edições originais em LP. Toda a arte gráfica e as informações dos discos estão reproduzidas no libreto iniciado com o texto Renato Teixeira, o fino estilista do Brasil caipira, assinado por Mauro Ferreira, editor do Blog Notas Musicais. A revista Veja dessa semana não só recomenda como faz uma crítica extremamente favorável e conclui: “Ouvindo esses álbuns, constata-se que o campo não foi a única inspiração do compositor, que flertou com o xote e até o funk”.
No Barril do Zé Bigode, sem saber da iniciativa da Sony, Alfredo Ortiz Abrahão, amigo de longa data e profundo conhecedor da música caipira, presenteou Renato “Dentinho” Teixeira com a coleção completa de toda a obra do amigo músico, adquirida de todas as formas possíveis e imagináveis, um momento inesquecível devidamente registrado por CONTATO.