Ministro Herman Benjamin não perdoa o desvio de verba da educação

Ortiz Júnior sem saída

Muitos leitores estão em dúvida a respeito da situação do prefeito cassado e inelegível Ortiz Júnior (PSDB).  E ficam ainda mais confusos quando acessam a página dele e leem mensagem postada por volta das 12h:00 dessa segunda-feira, 26:

“Toda véspera de eleição é assim. Nossos adversários, sobretudo o PT, apelam para boatos para tentar enganar o eleitor. Nossa arma continua sendo uma só: a verdade. Nossa candidatura está mantida. Não há, nem houve, nenhuma decisão em contrário da Justiça Eleitoral, apenas a natural manifestação das partes, como o Ministério Público. O voto é pra valer. Vamos consolidar nossa arrancada nesta reta final, buscar mais votos para vencer em primeiro turno e continuar governando a cidade para fazer a Taubaté que a gente quer”.

Essa afirmação pouco tem a ver com o que acontece no mundo real. Confira!

Junior

Por partes

Existem dois processos. Um no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já concluso com a condenação de Ortiz Júnior por 4 X 3 votos, que aguarda apenas a publicação do acórdão. Não há o que fazer.

O segundo processo teve início em Taubaté no momento em que o Ministério Público Eleitoral entrou com pedido de impugnação da candidatura de Ortiz Júnior. O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade – e o blogueiro Irani Lima também entraram com representações próprias.

Paulo Roberto

O segundo processo aberto em Taubaté já seguiu para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SP) com despacho do Juiz Eleitoral Paulo Roberto da Silva pelo indeferimento do registro da candidatura tucana. ““Julgo procedentes as ações de impugnação de pedido de registro de candidatura, aforadas pelo Ministério Público Eleitoral e pelo Partido Socialista e Liberdade- PSOL, acolhida a impugnação de candidatura apresentada por Irani Gomes de Lima, porquanto, as primeiras absolveram essa última, e indefiro o registro de candidatura, apresentado em favor de José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior, requerida em seu favor pela coligação “Taubaté que a gente quer” (PP, PDT, PTB, PSC, PR, DEM, PHS, PSD, PSDB, PRP, PSD, SD, PROS)”.

O magistrado afirmou, porém, que Edson Aparecido de Oliveira preenche condições de elegibilidade, mas conclui que “o pedido de registro da chapa apresentada, para eleições ao cargo de prefeito municipal e de vice-prefeito municipal, fica indeferido”.

Após o despacho do juiz da 141ª Zona Eleitoral, o processo seguiu para o TRE onde já recebeu parecer do procurador eleitoral e já se encontra com o juiz relator Costa Wagner para que emita seu parecer antes de ser enviado ao pleno do Tribunal.

A decisão poderá sair a qualquer momento. Tudo indica que será mantido o indeferimento para o registro da candidatura de Ortiz Júnior.

Pelo jeito, a Justiça não leva em consideração a versão fantasiosa do prefeito

Tiro no pé

Professor Silvio Prado, homem pacífico e de opiniões firmes, parece que se deixou

trair pela boca quando decidiu fazer uma grave denúncia contra a candidata Pollyana Gama (PPS) afirmando que ela omitido em sua declaração à Justiça um apartamento de sua propriedade em Ubatuba. Pollyana distribuiu uma nota autoexplicativa sobre as providências que tomou a respeito do que ela classificou de pegadinha no debate promovido pela TV Câmara, na quinta-feira, 22. Confira:

1.DEBATE BLOBO

  Os sete candidatos antes do início do debate

          “Silvio Prado é alvo de queixa crime

A candidata a prefeita de Taubaté pela coligação JUNTOS TAUBATÉ ACONTECE, Pollyana Gama, apresentou queixa crime contra o candidato do PSOL, Prof. Silvio Prado, na segunda-feira, 26.

A queixa foi protocolada pelo departamento jurídico da campanha na 407ª Zona Eleitoral de Taubaté em função de acusações caluniosas do candidato adversário contra a reputação de Pollyana. Silvio Prado afirmou em locais públicos distintos que a candidata seria proprietária de um apartamento em Ubatuba não declarado à Justiça Eleitoral.

Anteriormente, Pollyana já havia esclarecido que o referido imóvel não é de sua propriedade e que, na verdade, foi adquirido pela família de seu ex-marido na época em que ainda eram casados em regime de comunhão parcial de bens.

Ainda assim, os insistentes boatos contra sua conduta, no forte e único propósito de conturbar sua candidatura, levaram sua equipe jurídica a requerer judicialmente os reparos necessários”.

Vereador faz ou não faz?

Não é só entre os candidatos a prefeito que os nervos estão à flor da pele. Postulantes a vereador também estão a ponto de explodir. Na segunda-feira, 26, durante a última sessão ordinária antes das eleições, a Câmara Municipal foi o palco para discussão de dois candidatos da coligação de Ortiz Júnior.

Digao

Vereador Digão não deixou barato

Digão (PSDB) utilizou para criticar a campanha de sua colega Graça (PSD) porque nas peças de propaganda veiculadas na televisão e no rádio, Graça elenca uma série de benefícios que ela teria conquistado para a população, como a distribuição de Kits Escolares e a construção de creches e de Unidades Básicas de Saúde. Em um dos programas, Graça ressalta que economizou mais de cinco milhões de reais como Presidente na Câmara e que essa verba foi utilizada para a construção das unidades de saúde. “Você cobrou. Você buscou. Você pediu. Isso é uma coisa, agora falar que você distribuiu kit e construiu UPA é um afronto a população. É mentir para a população”, criticou Digão. “Só peço que a população possa realmente pesquisar se vereador pode dar coisas”, continuou.

O tucano ressaltou que o verdadeiro trabalho de um vereador é fiscalizar e afirma que construir unidades de saúde e distribuir kits escolares é função do Executivo. “E a gente tem que dar satisfação na rua. Tem que falar pra população a verdade. Não adianta na hora de buscar voto contar mentir e induzir a população [a acreditar] que a gente tem esse poder [de construir UPA] sendo que a gente não tem”, esclarece.

Vereador Joffre Neto (PSB) comentou a fala de Digão. “E [também] ressaltar que isso é crime. Vereador não pode fazer doações materiais e nem sequer prometer isso”, afirmou o parlamentar.

Naquele momento, Graça não estava no plenário. Porém, assim que chegou à sessão pediu o direito de resposta. “Eu não disse que construí nada. Apenas que no período em que fui presidente da Câmara economizei dinheiro que foi utilizado na aquisição dos kits”, explicou.

Graca

Vereadora Graça tentou rebater as críticas do colega

“Eu também quando fui presidente economizei dinheiro que foi utilizado pela prefeitura, mas não saio por aí falando que eu que fiz”, rebateu Digão.

Graça ainda argumentou com o parlamentar ao afirmar que responder acusações era um direito dela.

Digão respondeu que cedeu o tempo apenas por respeito à vereadora, pois ela não teria direito “já que eu não citei o nome da senhora”. A discussão foi encerrada pelo Digão ao resumir os trabalhos do plenário.

Candidata à reeleição, vereadora Graça, esposa do candidato a vice-prefeito Edson Aparecido, dispõe de um tempo excepcional de TV.